Na edição do sábado (7/11) do Diário da Região foi publicada a entrevista do Diretor do Sinduscon Rio Preto, Germano Hernandes Filho, sobre os últimos dados referentes ao desemprego na construção civil no Estado de São Paulo em especial em São José do Rio Preto. A reportagem é de Beto Carlomagno.
A construção civil continua sofrendo com as demissões na região de Rio Preto. Em setembro, foram cortados 312 postos de trabalho com carteira assinada na região, o que representa uma diminuição de 1,02% na comparação com agosto. Esse foi o terceiro mês de saldo negativo na região, que agora conta com 30.409 trabalhadores registrados na construção civil, quase mil a menos que em junho, último mês de saldo positivo.
Os dados são da pesquisa de empregos feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. Apenas em Rio Preto, foram encerradas 105 vagas de trabalho em setembro, uma queda de 0,82% na comparação com agosto. Esse também foi o terceiro mês consecutivo de saldo negativo. No total, a cidade emprega 12.631 trabalhadores no setor.
Já em Catanduva, setembro foi o oitavo mês consecutivo em que as demissões superaram as contratações. Foram encerrados 67 postos de trabalho, o que levou o total de trabalhadores na cidade a 1.397. No caminho inverso, Fernandópolis e Votuporanga tiveram saldos positivos em setembro, com 20 e 32 novos postos de trabalho, respectivamente..
Para o diretor da Regional do SindusCon-SP em Rio Preto, Germano Hernandes Filho, as quedas consecutivas são resultado de uma série de fatores. “Os juros altos influenciam muito no setor. A construção depende muito de crédito. além disso, os investidores estão receosos. Mesmo aqueles que ainda possuem dinheiro estão esperando para saber o que vai acontecer com o País e qual a melhor forma de fazer o seu investimento”, disse.
No entanto, Hernandes Filho acredita que nossa região está sofrendo menos que outras. “Se você olhar para o restante do Estado de São Paulo e para todo o Brasil, você vai ver que Rio Preto foi afetada, sim, pela crise, mas de uma forma menos agressiva. Rio Preto tem uma característica interessante que gosto de chamar de maturidade. Rio Preto não vai na euforia dos grandes momentos e não se rende à depressão dos período de queda.”
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