segunda-feira, setembro 19, 2016

Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (PE) e o Conselho Municipal do Meio Ambiente, a Associação Habitat para a Humanidade Brasil realizou experiências com várias soluções construtivas sustentáveis que podem ser replicadas para promover as melhorias habitacionais. Dessa iniciativa nasceu um catálogo com o objetivo de disseminar práticas para a redução do consumo de energia elétrica, a melhor utilização da água e a redução do calor. Confira:

ECONOMIA DE ENERGIA

Telhas Translúcidas
Vantagens: permite a entrada da luz natural no ambiente, diminuindo o gasto de energia. Além disso, evita a proliferação de morcegos e fungos na madeira do telhado.

Como usar: em meio às outras telhas da cobertura. Elas devem ser usadas como uma ilha de claridade. Mas é preciso tomar cuidado com a quantidade. Como as telhas translúcidas permitem a passagem direta do sol, o ambiente pode ficar mais quente quando são instaladas telhas em excesso.

Lâmpadas Fluorescentes ou de LED
Vantagens: as lâmpadas fluorescentes gastam bem menos energia e duram muito mais que uma lâmpada incandescente. Além disso, as lâmpadas fluorescentes não emitem calor, o que torna o ambiente mais agradável.

Como usar: é só trocar as lâmpadas da sua casa por lâmpadas fluorescentes, que podem ser adquiridas em lojas de construção, supermercados e armazéns. Apesar do preço de compra ser maior, vale a pena investir já que a economia é garantida em longo prazo.

ECONOMIA DE ÁGUA

Arejadores
Vantagens: os arejadores diminuem a quantidade de água liberada por minuto sem alterar a pressão da água. Ou seja, temos a impressão que o fluxo de água não mudou. Assim podemos economizar água sem nem perceber!

Como usar:
os arejadores são instalados nas torneiras e você mesmo pode fazer. Basta rosquear os arejadores nos bicos das torneiras e pronto. Mas atenção, os produtos devem ser da mesma marca ou serem compatíveis. Arejadores podem ser encontrados em lojas de materiais de construção ou lojas de louças sanitárias.

Captação de Água de Chuva
 Vantagens: em áreas onde há falta d'água, a água de chuva armazenada complementa o uso para tarefas diárias. Além disso, a captação da água de chuva reduz os alagamentos e infiltrações em época de chuva.

Como usar:
é necessária instalação de uma calha no telhado que serve para direcionar a água para o tubo de queda. A água é encaminhada para uma pequena caixa d'água. Dentro do tubo de queda é preciso ter um filtro para água da chuva para reter sujeiras grossas, como folhas e pedras. Mas atenção, a água de chuva não é potável.

REDUÇÃO DE CALOR
Cobogás
Vantagens: os cobogós garantem ventilação permanente e aumentam a luminosidade no ambiente. Assim, os cobogós ajudam a evitar mofo e umidade, além de diminuir a temperatura da casa.

Como usar:
os cobogós devem ser instalados nas paredes e podem ser feitos de cimento, cerâmica, vidro ou argila.

Muro Verde
Vantagens: o muro verde funciona tanto para segurança da família quanto para aumentar a vegetação na casa e diminuir o calor no local.

Como usar: fazer um muro verde engloba diversos fatores, como escolher plantas de acordo com o clima, saber as técnicas de manutenção envolvidas e qual tipo de planta é a mais adequada. O muro pode ser construído de tijolos, deixando-se espaços para ventilação.  Após a construção do muro, são plantadas trepadeiras e outras plantas. As trepadeiras aumentam o conforto térmico do quintal e eliminam os espaços destinados ao vandalismo das pichações em muros. A hera (Hedera helix) e a unha-de-gato (Ficus pumila) são mais comuns por serem mais resistentes.

Telhado Verde
Vantagens: o telhado verde reduz a temperatura local. As plantas agem como agentes de resfriamento porque dispersam o calor. Além disso, ajuda na drenagem da água de chuva; e no isolamento acústico.

Como usar: antes de plantar no telhado, é preciso fazer a impermeabilização da laje com produtos específicos. Depois se coloca uma manta impermeabilizante, a terra preparada e a vegetação. É preciso tomar cuidado com o tipo de plantas usadas para não sobrecarregar o peso na laje.

Telhado Branco
Vantagens: o telhado branco diminui o calor emitido dentro da casa em até 30%.

Como usar: a técnica deve ser usada principalmente em cobertas de fibrocimento, que são mais quentes. Utilize uma tinta à base de cal, na cor branca, para pintar o telhado na íntegra.


Fonte: Melhorias Construtivas Sustentáveis, publicação desenvolvida e divulgada pela Associação Habitat para a Humanidade Brasil.


segunda-feira, setembro 19, 2016 por Unknown

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quinta-feira, setembro 15, 2016

As emissões de gases de efeito estufa provenientes do setor de resíduos sólidos continuam sua trajetória de crescimento no Brasil e atingiram, em 2014, seu maior número absoluto nos últimos 44 anos, segundo as estimativas divulgadas pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), no início desta semana. Foram lançadas 68,3 milhões de toneladas de CO2equivalente na atmosfera naquele ano, o que representa um crescimento de 80% entre 2000 e 2014 e de 500% desde 1970.
Enquanto o setor de resíduos representa a menor parcela de contribuição de emissões com relação aos demais setores (mudança de uso da terra, energia, agropecuária e processos industriais), cerca de 3,7% do total verificado em 2014, ele possui grande impacto na atmosfera devido à geração de gases com maior potencial de aquecimento global, como o metano (CH4), 21 vezes mais potente que o CO2, e o óxido nitroso (N2O), 310 vezes mais potente.
Dentre os quatro principais subsetores – disposição de resíduos, tratamento de efluentes industriais, tratamento de efluentes domésticos e incineração de resíduos -, o descarte ainda é o mais expressivo em termos de emissões, representando 66,1% em média da origem das emissões nos últimos 44 anos.
Com o crescimento do número de municípios que se adequam à Política Nacional de Resíduos Sólidos, verificou-se o aumento das emissões, uma vez que o descarte exigido em aterros sanitários propicia maior geração de metano (decomposição anaeróbica da matéria orgânica). “É importante ressaltar que a quantidade de resíduos gerada no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, tanto em termos absolutos quanto na produção per capita”, afirmou Igor Reis de Albuquerque, gerente de Mudanças Climáticas do ICLEI- Governos locais pela sustentabilidade e coordenador do setor no SEEG.
Acompanhado do crescimento na produção dos resíduos, o seu reaproveitamento ainda é extremamente baixo e o descarte não ocorre de forma ambientalmente adequada. De acordo com dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) de 2014, destacados no Relatório Analítico do Setor de Resíduos do SEEG, 58,4% dos resíduos sólidos urbanos coletados tiveram destinação adequada (Aterros Sanitários). Os outros 41,6%, equivalentes a 81 mil toneladas diárias, ainda são destinados para aterros controlados e lixões. Esse conjunto de fatores pode estar associado ao impacto crescente as emissões de GEE no setor de resíduos, além do crescimento demográfico e da atividade industrial, explicou Albuquerque.
Uma das alternativas para a redução das emissões seria o aproveitamento dos gás metano para geração de energia. “Aterros sanitários, sendo obras planejadas, podem conter sistemas de captação de metano para aproveitamento energético ou para conversão do mesmo em dióxido de carbono por meio de flare [queima], podendo assim reduzir o impacto na atmosfera”, explicou Igor de Albuquerque.
Tanto com relação ao tratamento dos efluentes domésticos quanto o de efluentes industriais, as emissões apresentaram tendências de contínuo crescimento nas últimas décadas. Para o subsetor industrial, identificou-se um avanço mais acelerado após 1996, com picos de emissões em dois períodos de intensificação da urbanização e maior desenvolvimento industrial (1994-1998 e 2007-2010), segundo informações do SEEG.
Análise global dos dados
As emissões de gases de efeito estufa do Brasil em 2014 permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, apesar da queda de 18% na taxa de desmatamento da Amazônia. Segundo os dados do SEEG 2015, o Brasil emitiu 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (t CO2e), uma redução de 0,9% em relação ao 1,571 bilhão de toneladas emitidas em 2013 (emissões brutas).
Em sua terceira edição, o Relatório Síntese do SEEG apresenta as estimativas para o ano de 2014, bem como a revisão dos dados da série histórica de 1970 a 2014 para os padrões metodológicos do 3º Inventário Nacional de Emissões Antrópicas e Remoções por Sumidouro de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal. Para o setor de  Mudanças de Uso da Terra seguiu-se a metodologia do 2o Inventário.
Publicado no SEEG: http://seeg.eco.br/analise-de-emissoes-de-gee-no-brasil-1970-2014/


quinta-feira, setembro 15, 2016 por Unknown

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