terça-feira, dezembro 26, 2017



Em sua Síntese de Indicadores Sociais 2017, o IBGE calculou que cerca de 52 milhões de brasileiros viviam em situação de pobreza em 2016, de acordo com o critério do Banco Mundial de considerar pobre quem ganha menos de US$ 5,5 por dia nos países em desenvolvimento.
Do total da população, 64,9% tinham restrição de acesso a pelo menos um dos direitos analisados – à educação, à proteção social, à moradia adequada, aos serviços de saneamento básico e à internet.
Já do total da população residente em domicílios particulares permanentes, as moradias de 11,7 milhões de brasileiros caracterizavam-se por adensamento excessivo – domicílios com mais de três moradores por dormitório.
Os motivos podiam ser escassez ou elevado custo do espaço em áreas com alta densidade, falta de recursos para construção de um domicílio com área e divisões internas adequadas ou uma elevada taxa de natalidade.
Em termos absolutos, o Estado de São Paulo liderava a ocorrência dessa inadequação, com 2,6 milhões de pessoas atingidas. Em termos proporcionais, o adensamento excessivo atingia mais os Estados do Norte, mas era relevante também em São Paulo (5,7%) e Rio de Janeiro (6,5%).
Outra inadequação constatada foi ônus excessivo com aluguel do domicílio, quando seu valor iguala ou supera 30% do rendimento domiciliar. Isto mostra que os custos da moradia podem estar comprometendo outras necessidades dos moradores.
A maior ocorrência desta inadequação registrou-se nas duas unidades da Federação com maior renda domiciliar e custo de vida: Distrito Federal e São Paulo, respectivamente atingindo 8,5% e 6,7% da população.
A proporção da população residindo em domicílios sem banheiro ou sanitário de uso exclusivo era de 1,7% (3,4 milhões de pessoas). Trata-se de moradores sem acesso a instalação sanitária ou que as compartilhem, como nos cortiços. Piauí e Acre tinham, respectivamente, 12,3% e 10,2% de suas populações vivendo desta forma.
Cerca de 2,5 milhões de pessoas (1,2% da população) habitavam moradias com paredes externas construídas com material não durável, como taipa não revestida, madeira usada e outros insumos. Foi o caso do Maranhão, onde esta inadequação atingia entre 15% a 20% dos habitantes.
Dados como estes reforçam a necessidade de ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida, em sinergia com ações de Estados e Municípios. Além disso, devem-se adotar outras iniciativas, como Parcerias Público-Privadas para a construção de moradias e programas de aluguel social.
Afinal, faltam apenas 12 anos para o cumprimento de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, assumidos pelo Brasil: “Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos, e urbanizar as favelas”.
*Conteúdo publicado originalmente na edição de 24 de dezembro da Folha de São Paulo.
Fonte: Sinduscon-SP


terça-feira, dezembro 26, 2017 por Unknown

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terça-feira, dezembro 26, 2017 por Unknown

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terça-feira, dezembro 12, 2017

Pela primeira vez, o maior evento mundial sobre água vai acontecer no hemisfério Sul. O 8º Fórum Mundial da Água será em Brasília, em março de 2018, mas pessoas do mundo todo já podem sugerir temas de discussão, trocar ideias e experiências em uma plataforma online desenvolvida para ampliar o acesso ao Fórum, em uma iniciativa inédita.




A partir do dia 13 fevereiro, pessoas do mundo todo já podem começar a participar do 8º Fórum Mundial da Água, cujo tema será Compartilhando Água, e contribuir para preparar o evento, que acontece de 18 a 23 de março de 2018, em Brasília. Iniciativa inédita do Comitê Diretivo Internacional do Fórum, a plataforma Sua Voz foi criada para favorecer o amplo debate sobre os temas centrais do evento e está disponível no site do 8º Fórum Mundia da Água.

A ferramenta permite que cidadãos de qualquer lugar do 
planeta com acesso à internet compartilhem ideias, experiências e soluções e façam sugestões que poderão ser incluídas no encontro mundial. Os diálogos vão acontecer em salas de discussões com seis diferentes temas: clima, desenvolvimento, ecossistemas, finanças, pessoas e urbano.

Os participantes têm a oportunidade de expressar suas opiniões e contribuições para enriquecer os debates sobre os rumos da gestão da água no mundo em três rodadas de discussões, que vão durar oito semanas cada. A primeira etapa da consulta pública começa dia 13 de fevereiro e será encerrada em abril. Em seguida, haverá uma votação mundial para identificar as questões mais relevantes a respeito da água. As discussões online são coordenadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) em articulação com o Secretariado e demais instâncias de organização do Fórum.  

Cada sala temática vai contar com três ou quatro moderadores, sendo ao menos um brasileiro. Na temática do clima serão abordadas segurança hídrica e mudanças climáticas. Quando o tema for pessoas, as discussões serão em torno de saneamento e saúde. A água no contexto do desenvolvimento sustentável estará em pauta na sala sobre desenvolvimento. No tema urbano, a gestão integrada da água e dos resíduos urbanos conduzirá os debates. Na sala sobre ecossistemas, os fios condutores serão a qualidade da água e a subsistência e biodiversidade dos ecossistemas. Também haverá uma sala dedicada a discutir mecanismos de financiamento para o setor.

A plataforma Sua Voz estará disponível em português e inglês no site http://www.worldwaterforum8.org/ e contará também com tradução para mais 90 idiomas de modo a facilitar a participação de pessoas da maioria dos países do mundo. O objetivo é fazer do 8º Fórum Mundial da Água um evento plural e democrático, em alinhamento com o tema da próxima edição: “Compartilhando Água”.

Tradicionalmente o Fórum conta com a participação dos principais especialistas, gestores e organizações envolvidas com a questão da água no planeta. Com a plataforma Sua Voz, o Comitê Diretivo Internacional do Fórum pretende trazer para o evento as contribuições de toda a sociedade, inclusive das vozes não ouvidas usualmente, já que a água está presente na vida de todos.

O Fórum Mundial da Água acontece a cada três anos com os objetivos de aumentar a importância da água na agenda política dos governos e promover o aprofundamento das discussões, troca de experiências e formulação de propostas concretas para os desafios relacionados aos recursos hídricos. Será a primeira vez que o maior encontro mundial sobre água vai acontecer no hemisfério Sul.

O 8° Fórum é realizado e organizado pelo Governo Federal, por meio dos Ministério do Meio Ambiente, Governo do Distrito Federal e Conselho Mundial da Água, com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).

As edições anteriores do Fórum Mundial da Água aconteceram em Marraquexe, Marrocos (1997); Haia, Holanda (2000); Quioto, Shiga e Osaka, Japão (2003); Cidade do México, México (2006); Istambul, Turquia (2009); Marselha, França (2012); e Daegu e Gyeongbuk, Coreia do Sul (2015).
Fonte: 8º Fórum Mundial da Água

terça-feira, dezembro 12, 2017 por Unknown

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