Por Germano Hernandes Filho, engenheiro e diretor do SindusCon-SP regional Rio Preto  

Após a aprovação de um novo acordo global para combater os efeitos das mudanças climáticas na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, os 188 países-membros da Convenção do Clima da ONU, que apresentaram suas metas voluntárias de redução das emissões de gases de efeito estufa para fundamentar a decisão, terão agora o desafio de implementá-las até 2020, quando passa a vigorar esse acordo.

No caso do Brasil, um dos 188 países que apresentaram uma das metas mais ambiciosas,  dentre os desafios teremos de estabelecer a estratégia de desenvolvimento tecnológico que adotaremos para restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030 e também no período de 15 anos zerar o desmatamento ilegal com custos competitivos e tecnologia que permitam, de fato, acabar com a comercialização ilegal de madeira e o desmatamento rural no país.

O documento diz ainda que as fontes renováveis, tanto para geração de energia como para biocombustíveis, devem representar entre 28% e 33% do total de recursos usados, também até 2030. A meta não inclui a energia hidrelétrica. A intenção é diminuir o uso de fontes que se esgotam, os combustíveis fósseis como petróleo e carvão.

Outro obstáculo que o país terá que transpor para viabilizar suas metas é melhorar sua capacidade científica para estabelecer um sistema de revisão permanente de dados de emissão de gases de efeito estufa pelo país.
A fim de manter o aumento da temperatura média global a menos de 2 ºC acima dos níveis pré-industriais, o documento indica que esforços muito maiores de redução de emissões serão necessários para baixar as emissões para o patamar de 40 gigatoneladas até 2030.

Atualmente, as emissões globais de CO2 são da ordem de 49 bilhões de toneladas, das quais 24% estão associadas ao uso da terra (agropecuária) e florestas e 76% relacionadas a energia e a processos industriais.

Como a Segmento da Construção Civil pode contribuir ?
O Sinduscon-SP defende a evolução permanente e sustentável do setor em todas as suas principais dimensões – produtiva, econômica, social e ambiental –, buscando patamares superiores de competitividade para os negócios.
Definimos como uma das metas para 2016, o aumento da produtividade para o setor, que incluirá a qualificação da mão de obra, a melhoria nos processos de gestão e a modernização e a industrialização. 

Assim vamos intensificar a aplicação da política dos 3Rs da sustentabilidade.  

Reduzir a compra de bens e serviços de acordo com nossas necessidades para evitar desperdícios de água, de energia e de combustível.

Reutilizar, pois tudo que é fabricado necessita do uso de energia e matéria-prima. Ao jogarmos algo no lixo, estamos também desperdiçando a energia que foi utilizada na fabricação, o combustível utilizado no transporte e a matéria-prima empregada.

Reciclar tudo o que for possível.
O que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado o será. E o restante, ou seja, aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado  terá a destinação ambientalmente correta.

O Sigor (Sistema de Gerenciamento Online dos Resíduos Sólidos), lançado nesta semana em Rio Preto e presente no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, institui a responsabilidade compartilhada entre todos os atores envolvidos e será de fundamental importância, uma vez que poderemos fazer a gestão dos resíduos de construção civil de forma adequada, eficiente e transparente. Assim estaremos contribuindo com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima e também com o nosso planeta TERRA.

Durante o anúncio da versão final do acordo na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, disse: “Entramos em uma nova era de cooperação global em uma das questões mais complexas que a humanidade já teve que enfrentar”.

Portanto, vamos cooperar!!!!!