quinta-feira, agosto 14, 2014


Você sabia que torneiras pingando significa desperdício de três dias de água numa casa? A população precisa fazer a sua parte e tomar medidas para economizar água, mesmo se a cidade onde mora ainda não tem problemas com o abastecimento. Com a estiagem,  o consumo de água está bem comprometido em muitos locais do país; e economizar é uma das medidas eficientes para evitar o racionamento. Assista a reportagem do Jornal Notícias, da TV Tem, e aproveite as dicas que o engenheiro especialista em Recursos Hídricos, Germano Hernandes Filho, dá para os telespectadores. Aproveite!  

http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/tem-noticias-1edicao/t/edicoes/v/estiagem-traz-possibilidade-iminente-de-racionamento-de-agua-no-noroeste-paulista/3563479/



quinta-feira, agosto 14, 2014 por Unknown

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terça-feira, agosto 05, 2014

Os recursos naturais, como água, energia, alimentos etc., são abundantes no Brasil. Fatores como clima, solo, extensão territorial etc. nos favorecem. Mas também é um país de grandes desperdícios que limitam o nosso acesso a esses recursos.
No entanto, temos dificuldades em manter o abastecimento de alguns insumos vitais. O mais grave e recente deles é a água em certas regiões de São Paulo, apontando para um possível desabastecimento em futuro não muito longínquo.
Não temos grandes áreas desérticas, temos uma quantidade de chuvas superior a grande maioria dos países, rios caudalosos etc. E a região de São Paulo também não deveria ter problemas. Apesar das poucas chuvas do último ano.
O problema que a maioria parece crer é que faltaram investimentos para colocar mais agua à disposição. E que a solução é mais investimento para aumentar a capacidade.
Essa não nos parece necessariamente a abordagem mais correta. Temos aqui mais uma evidência de que somos uma sociedade de grandes desperdícios. Mais de 50% da água no Brasil é desperdiçada, utilizando-se muito mais do que o efetivamente necessário.  De 30% a 40% da agua é jogada fora antes mesmo de chegar ao usuário final, no processo de coleta, armazenagem e distribuição.
E quando a água chega nas torneiras das casas, estabelecimentos comerciais e indústria, ainda assim há um desperdício no próprio consumo. Usa-se água quando poderia se usar uma vassoura e um pano assim como a grande maioria das torneiras e vasos sanitários ainda não são do modo econômico.
Mas isso não acontece apenas com a água. Tomemos o caso dos alimentos. Entre 30% e 40% são perdidos antes de chegar à mesa do consumidor, no processo de produção e distribuição. E outros 10% a 20% são perdidos no processo de consumo em si. Novamente, mais da metade dos recursos são desperdiçados.
Na situação da energia, tivemos a oportunidade de reduzir os níveis de consumo em mais de 20% durante o apagão de 2001 apenas com medidas de redução de desperdício do consumidor. Imaginamos que isso possa acontecer novamente e com desperdícios da geração e distribuição de energia também poderíamos aproveitar melhor os recursos.
Em resumo, ao menos 50% da água, da energia e dos alimentos são desperdiçados no país atualmente!
E ainda mais. Vamos agora para os resíduos sólidos. A reciclagem engatinha. Ha décadas fala-se nisso, foram feitos vários projetos pilotos em várias cidades, e os resultados são muito limitados. Com exceção de latas de alumínio, a quantidade de reciclagem ainda não chega a 2% do material gerado.
Lembrando que a ideia de reciclagem, aliás, pode ser estendida à própria água, conforme mostra a experiência de outros países.
Quase sempre a solução vislumbrada para os problemas de recursos é investir mais para aumentar a capacidade. A capacidade já existe. Está escondida por esse mar de desperdícios.
Em grande parte, isso não é necessário. Na grande maioria das situações, o problema central está na redução dos desperdícios e não no aumento da capacidade. E muitas vezes, os investimentos necessários para reduzir os desperdícios são muito menores do que para gerar mais capacidade.
Com isso, conseguiremos inclusive baixar os custos de produção ao reduzir a necessidade de investimentos, possibilitando, até mesmo, a redução da escassez de alimentos, energia e água para quem ainda tem acesso limitado e restrito.
O primeiro passo é encontrar as principais causas dos desperdícios e tentar eliminá-las. Muitos setores da indústria têm implementado esse processo com muito sucesso. Mas, para os governos, parece ter menos glamour. E a sociedade ainda não tem muita consciência e conhecimento.
Texto de José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil




terça-feira, agosto 05, 2014 por Unknown

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