terça-feira, agosto 16, 2016

Banimento de HFCs pode evitar 0,5°C de aquecimento até 2100.
A última rodada de negociações do Protocolo de Montréal contra os gases que causam o buraco na camada de ozônio terminou em Viena com elementos-chave de uma emenda para reduzir a produção e o consumo de hidrofluorocarbonos (HFCs).

O progresso em Viena dá impulso a um acordo final entre as partes numa reunião agendada para outubro em Kigali, Ruanda.Os países estão agora mais perto do que nunca de um avanço histórico que pode reduzir muito os riscos da mudança climática.
Os HFCs são potentes gases de efeito estufa cujo uso em refrigeração e em aparelhos de ar condicionado vem se expandindo dramaticamente, já que eles não causam dano à camada de ozônio, ao contrário dos CFCs (clorofluorcarbonos). Os HFCs são um alvo crítico dos esforços internacionais para atingir a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura do planeta bem abaixo de 2°C.
Uma emenda ambiciosa ao Protocolo de Montréal sobre os HFCs poderia reduzir as temperaturas da Terra em cerca de 0,5°C em 2100 em comparação com o crescimento tendencial.
Dois temas-chave foram foco nas negociações em Viena: a chamada linha de base (o nível de HFCs no qual as medidas de controle são baseadas) e o calendário para limitar as emissões de HFCs e as diretrizes para prover apoio financeiro aos países em desenvolvimento para que eles possam cumprir suas obrigações de redução.
Embora ainda haja trabalho a fazer até o encontro em outubro, Viena obteve progresso em ambas as frentes.
A proposta para os países desenvolvidos consistia em estabelecer uma linha de base em 2011-2013, com uma redução de 10% até 2019. A maioria desses países já havia começado a limitar os HFCs por meio de regulações domésticas.
Para os países em desenvolvimento, onde o uso de HFCs está acelerando somente agora, diversas propostas foram colocadas na mesa.
Um grande número de países (o grupo africano, as nações insulares do Pacífico, vários latino-americanos, os EUA, o Japão, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e a União Europeia) apoiou uma linha de base em 2017-2019 com um congelamento no nível de emissões em 2021. A Índia, a China e países árabes ofereceram propostas menos ambiciosas.
A proposta indiana permitiria o maior tempo de uso irrestrito, com uma linha de base em 2028-2030 e um congelamento dos níveis de emissão em 2031.
Na questão do financiamento, houve amplo acordo sobre usar o Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal como instituição administradora do apoio financeiro aos países em desenvolvimento. Segundo o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que participou do encontro, 75% dos doadores já anunciaram publicamente sua intenção de prover verbas adicionais para implementar uma emenda ao Protocolo de Montreal.


terça-feira, agosto 16, 2016 por Unknown

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quarta-feira, agosto 03, 2016

A Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo 2016, que acontecerá de 9 a 11/8, vai apresentar pela primeira vez um Espaço Casa Conceito de 60m² projetado sob os critérios de sustentabilidade para edificações residenciais. O espaço expõe uma série de soluções originais e avançadas de materiais e produtos sustentáveis relacionadas às categorias abordadas pelas certificações LEED e Referencial GBC Brasil Casa.
Os visitantes poderão conhecer soluções como o uso de madeira com certificação FSC, com painéis informativos que orientam sobre a escolha e as melhores aplicações desse tipo material, além de películas de proteção para janelas e equipamentos de refrigeração de alta tecnologia, que resfriam o ambiente e, ao mesmo tempo, economizam energia.
Também serão expostos alguns produtos presentes no dia a dia, e que são de instalação simples, como torneiras com restrição de vazão, descargas inteligentes e chuveiros com regulagem de pressão, demonstrados em peça fixados no interior da Casa Conceito.
"O espaço foi concebido não só para demonstrar o conteúdo do Referencial Casa e de uma certificação, mas também para orientar sobre a implantação da sustentabilidade em uma construção residencial e aproximar o público de tais conceitos”, comenta Maria Carolina Fujihara, arquiteta e coordenadora técnica do Green Building Council Brasil, organização não governamental responsável pelo evento.

A Casa Conceito teve seu projeto desenvolvido pela RVA Arquitetura e a consultoria ambiental da Ca2 Consultores Ambientais Associados, empresa especializada em consultoria em sustentabilidade, eficiência energética e conforto ambiental de edificações. Durante seis meses, os profissionais discutiram a viabilidade técnica e econômica de residências sustentáveis para encontrar um exemplo que pudesse ser exposto na feira. “O objetivo era responder se residências sustentáveis são possíveis e, alinhando a nossa experiência em projetos de baixo impacto ambiental com as diretrizes sustentáveis do Referencial Casa GBC Brasil, concluímos que sim desde que sejam consideradas as questões ambientais no início do projeto, contando também com uma equipe multidisciplinar e respeitando o clima e localização da residência”, afirma Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 Consultores Ambientais Associados.
Também será apresentado, no evento, um projeto modelo para casa sustentável. Chamado de Modulabi: Habitação Modular de Baixo Impacto Ambiental, a concepção arquitetônica e seus sistemas foram simulados em computador de forma a informar ao público quantitativamente os benefícios energéticos dos conceitos da arquitetura bioclimática na habitação sustentável. O modelo foi produzido para a cidade de São Paulo levando em conta suas características climáticas, com o uso de tecnologias sustentáveis para geração de energia, economia de água, materiais de baixo impacto ambiental e humano e melhoria nas condições de conforto ambiental interno. Marcelo Nudel vai apresentar esse e outros projetos em uma das sessões educacionais do evento
No Brasil, o Referencial GBC Brasil Casa já recebeu 33 pedidos de certificação dentre os quais 3 já foram emitidos. Destes, a casa Catuçaba, do Stúdio MK27, teve a certificação nível máximo no país, a primeira com o selo Platina do Referencial. A construção concilia bem estar, conforto e beleza com uma proposta radical de autossuficiência.
A casa produz, por meio de painéis fotovoltaicos e uma pequena turbina eólica, toda a energia que consome. Essa é armazenada em uma bateria, pois a residência não está conectada a nenhuma rede de distribuição elétrica. Ela também utiliza, consome e trata toda a água em seu próprio projeto. Lair Reis, um dos coautores da obra, palestrará sobre essa e outras iniciativas do escritório durante as Sessões Técnicas da Greenbuilding Brasil 2016.
A construção da Casa Conceito teve parceria de empresas como Trane, com produtos de distribuição de ar, Deca, com torneiras e válvulas inteligentes, parafusos para piso Rothoblaas, aquecimento de piso Danfoss, películas para janela Eastman e painéis em madeira e MDF Berneck. Também participaram do projeto, como consultores das aplicações e construção, a WWF Brasil e a arquiteta especialista em biomimética Alessandra Araújo.
A conferência possuirá palestras sobre diversos temas que giram em torno da construção sustentável. Nela, empresas apresentarão suas soluções para construções verdes, haverá o lançamento de produtos e serviços durante o evento. As palestras e sessões educacionais que ocorrem durante o evento serão de altíssimo nível técnico, com renomados profissionais nacionais e internacionais. Além disso, a conferência oferecerá a seus visitantes, congressistas, expositores e parceiros uma gama de serviços, produtos e networking para futuros negócios. Para saber mais sobre as palestras que acontecerão no evento, clique aqui.

Fonte: equipe eCycle 

quarta-feira, agosto 03, 2016 por Unknown

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