quarta-feira, julho 29, 2015




O avião ecológico Solar Impulse 2 bateu o recorde de voo solo em sua tentativa de dar a volta ao mundo sem consumir nada além de uma carga, quando aterrissou no Havaí e cumpriu a etapa mais difícil da sua travessia.

Pilotado pelo experiente piloto suíço Andre Borschberg, o Solar Impulse 2 demorou cinco dias para percorrer o trajeto histórico de 8.200 km entre o Japão e o Havaí. A aeronave, movida a energia solar, pousou suavemente às 16H00 GMT (13H00 de Brasília) no aeroporto Kalaeloa de Oahu, a principal ilha havaiana.

"Acabamos de aterrissar no Havaí com o @solarimpulse! Para @BertrandPiccard e para mim, é um sonho que virou realidade", tuitou Borschberg, triunfante, após completar a etapa mais perigosa de sua volta ao mundo.

Borschberg e Bertrand Piccard se revezaram na cabine para fazer o voo solo do Solar Impulse durante todo o desafio. A última etapa, entre o Japão e o Havaí, coube a Borschberg e é a oitava das 13 previstas.

Piccard, seu companheiro de aventuras, mostrou entusiasmo com a chegada do avião e do piloto. "É difícil acreditar no que vejo: o Solar Impulse 2 no Havaí! Mas nunca duvidei que @AndreBorschberg conseguisse fazê-lo", escreveu no Twitter.

O avião experimental pousou em solo havaiano pouco depois do amanhecer, em meio a ovações e aplausos da equipe em terra.

Não foi apenas a viagem mais longa - tanto no quesito tempo quanto em distância - de um avião movido por energia solar, mas o aviador também bateu o recorde de voo solo mais longo do mundo.

A viagem deixou o piloto exausto e sua equipe tinha informado, quando faltavam pouco mais de mil quilômetros para a chegada, que as últimas 24 horas tinham sido "particularmente difíceis".

Recorde fácil

A viagem do Japão ao Havaí levou exatamente quatro dias e 22 horas, durante os quais o piloto tirou cochilos de apenas 20 minutos para manter o controle da aeronave.

Borschberg bateu com vantagem o recorde de voo solo, estabelecido por Steve Fossett ao pilotar por 76 horas e 45 minutos em 2006.

Seu concorrente e colega, Richard Branson, também aviador, tuitou os parabéns a Borschberg antes de seu competidor aterrissar.

"Parabéns, @SolarImpulse, por bater o recorde da @VirginGlobalFlyer de viagem solo, sem escalas e sem abastecer. É um grande passo adiante", destacou.

Borschberg viajou sozinho e dependia totalmente de si próprio em uma cabine não pressurizada de 3,8 metros cúbicos. Nas ocasiões em que viajou em altitudes de mais de 9.000 metros, precisou usar tanques de oxigênio para respirar.

O Solar Impulse 2, que partiu de Abu Dhabi no começo do ano, tem 17.000 células fotovoltaicas nas asas e uma bateria de lítio recarregável que lhe permite voar durante a noite. Sua envergadura é maior que a de um jumbo, mas pesa apenas 2,3 toneladas, quase o mesmo que um carro.

O avião atravessará agora os Estados Unidos e, se tudo sair conforme o previsto, voltará a Abu Dhabi em março do ano que vem. A etapa seguinte será pilotada por Piccard, que percorrerá 4.700 Km do Havaí até Phoenix (Arizona, sudoeste).

quarta-feira, julho 29, 2015 por Unknown

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segunda-feira, julho 27, 2015


Fontes de energia alternativa ajudariam a reduzir o custo da conta de luz, por isso o Brasil deveria investir mais para estimular a energia solar. Foi o que apontaram 69% dos participantes de pesquisa feita pela PROTESTE Associação de Consumidores com 1.171 participantes, para mostrar a opinião de pessoas com pelo menos um sistema de energia alternativa instalado em casa.

Entre os participantes da pesquisa, 84% se mostraram interessados em energia alternativa. Os painéis solares obtiveram mais de 70% da preferência, entre diversas formas de energia alternativa sugeridas. E 58,4% apontaram que estão dispostos a investir em painéis solares de energia, sendo que 31,7% para poder manter o mesmo consumo a um custo inferior, e 54% tanto para reduzir o consumo quanto o custo da energia.

Hoje a maior parte da energia elétrica no Brasil é produzida por usinas hidrelétricas, e quando há escassez de chuva e os reservatórios estão com nível baixo, o governo precisa acionar outras fontes, como as térmicas, encarecendo a conta de luz. Mais da metade dos participantes da pesquisa (53,6%) consideram ser muito rentável manter a energia solar.

Dos que afirmaram ter painel solar, 85% o utilizam apenas para aquecer a água e 8% dos que tem o sistema fotovoltaico é também para produzir eletricidade. Quem tem painel solar o utiliza com outro sistema, geralmente com resistência elétrica nos painéis (44%). E têm como principais fontes de informação os fabricantes e instaladores dos equipamentos.

No caso de painéis instalados em combinação com uma resistência elétrica, o que é comum opção no Brasil, tal resistência é principalmente equipado com um sistema de programação. Os painéis são quase sempre instalados no telhado (99%).

Aquecedores solares com reservatório de 200 litros custam em torno de R$ 2,5 mil, e a produção média mensal de energia, segundo o Inmetro, pode chegar a 182 kwh/mês para sistemas de aquecimento de água para o banho. Considerando uma família de quatro pessoas tomando um banho de oito minutos por dia, o consumo mensal médio seria de 56 kwh/mês. Já com o painel solar, não haveria custo energético para aquecer a água para o banho.
Fonte: site Setor Energético


segunda-feira, julho 27, 2015 por Unknown

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sexta-feira, julho 24, 2015

Purificadores de água compactos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) estão garantindo água potável para comunidades isoladas da região amazônica. Os aparelhos funcionam com energia solar e fornecem água limpa para pessoas que vivem em locais remotos, sem acesso à energia elétrica. Entre as 13 populações com o purificador já instalado, estão os índios da etnia Deni, que residem a 25 dias de barco de Manaus, no Alto Rio Juruá.
O purificador elimina 99,5% das bactérias, fungos e coliformes da água dos rios por meio de uma lâmpada de luz ultravioleta C, os raios mais perigosos da radiação ultravioleta. A lâmpada é colocada no interior de um tubo metálico. Quando a água passa pelo tubo é bombardeada pela luz e sai desinfetada. Um painel de energia solar carrega a bateria que acende a luz.
Durante a 67ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Carlos, o pesquisador do Inpa Carlos Bueno, em entrevista à Agência Brasil, disse que o projeto foi desenvolvido para evitar mortes por contaminação e verminoses, principalmente de crianças, devido ao consumo de água não potável. Os testes em aldeias indígenas começaram em 2007. “O purificador é resultado da remodelagem de tecnologias que já existiam”, explicou.
Segundo o pesquisador, apesar da grande quantidade de água doce na região amazônica, há muita água de baixa qualidade. “Nos rios próximos a comunidades, as águas encontram-se poluídas por populações que vivem de costas para o rio”, ressaltou. Bueno atribui o fato a fatores culturais, como a crença de que a sujeira jogada no rio é levada embora.
O Inpa, em parceria com o sistema de saúde, está avaliando os impactos da tecnologia nos números de contaminação e verminoses das populações beneficiadas. “Os resultados são altamente positivos, os indígenas, inclusive, apelidaram o aparelho de ‘benção de Deus’”, disse Bueno.
O Instituto tem 56 aparelhos montados. De acordo com o pesquisador, ainda este ano, serão instalados dois purificadores em cada estado da Região Norte, em comunidades isoladas, unidades de conservação e pelotões de fronteira do Exército.
Purificador Inpa
Divulgação/Ascom InpaAcoplado a um painel de energia solar e à caixa de água, o purificador filtra 400 litros por hora
Acoplado a um painel de energia solar e à caixa de água, o purificador filtra 400 litros por hora
O purificador é uma caixa metálica de 13 quilos, e todo o sistema custa R$ 2 mil, incluindo o painel solar e o filtro de entrada. A lâmpada e a bateria duram cerca de 10 mil horas, ou seja, de três a quatro anos. Bueno acrescenta que a manutenção é mínima neste período.
Acoplado a um painel de energia solar e à caixa de água das comunidades, o purificador filtra 400 litros por hora, ou seja, 5 mil litros por dia, o suficiente para fornecer água limpa para beber e cozinhar a 300 pessoas.
Mas, para que o purificador funcione com eficiência, a água que passa pelo aparelho precisa ser límpida, translúcida, permitindo que a luz a atravesse. Bueno conta que as águas dos rios da Amazônia são diversificadas, assim como a fauna e a flora da região. “Temos água branca, preta, como no Rio Negro, e igarapés, vermelha, como em São Gabriel da Cachoeira, barrenta ou branca, como do Rio Amazonas e Solimões, e verde, como a do Rio Tapajós.”
O pesquisador explicou que cada uma dessas águas têm quantidades diferentes de resíduos em suspensão, que precisam passar por um filtro físico antes de entrar no purificador, que é um filtro biológico. “Com água barrenta, por exemplo, a eficiência da radiação não vai ser boa, então o aparelho exige que sejam acoplados filtros para melhorar a qualidade da água antes que seja purificada”, explicou.
Os filtros usados nos purificadores em operação foram comprados prontos no mercado, mas o Inpa está patenteando um projeto de filtro natural feito com sementes de plantas como as palmeiras e tubos de PVC. “Entre as vantagens desse tipo de filtro é que, além de retirar materiais em suspensão, ele tira o cheiro da água. E como as sementes são a parte mais nutritiva das plantas, ricas em minerais, tornam a água mais rica.”
O especialista informou que, para expandir a produção do purificador, o Inpa assinou um contrato de parceria com uma empresa que trabalha com energias alternativas. “Estão trabalhando junto com o Inpa e vão dar escala de produção para o aparelho.”
O instituto também fez parceria com o Exército para desenvolver um projeto chamado Homem Água, que consiste em um modelo mais compacto do aparelho que vai caber em uma mochila. “Quando os soldados estiverem em treinamentos na selva, por exemplo, vão poder instalar o sistema e tratar água para o pelotão inteiro tomar quando pararem”, explicou Bueno.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, julho 24, 2015 por Unknown

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Na última década, a produção de energia nos EUA aumentou em 24%, enquanto o consumo de energia diminuía de forma constante.
Uma razão para as mudanças se encontra nas alterações feitas por empresas, campi universitários e cidades— alterações que têm ajudado o meio ambiente e reduzido os custos. 

Aqui estão os detalhes sobre o progresso recente e os planos futuros dos Estados Unidos:

Fonte: ShareAmerica

sexta-feira, julho 24, 2015 por Unknown

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quinta-feira, julho 23, 2015



O US Green Building Council (USGBC) acaba de anunciar que o Brasil ocupa a quarta posição no segundo ranking anual do USGBC dos “Top 10” Países do LEED - sistema de classificação de green building mais utilizado e amplamente reconhecido no mundo. A lista dos “Top 10” países LEED os classifica em termos de metragem quadrada construída e números de projetos certificados LEED até a presente data. O anúncio ocorre em um momento de especial atenção internacional sobre a mitigação das mudanças climáticas que prevalecerá em destaque até a COP21 - negociações climáticas das Nações Unidas que ocorrerá no próximo mês de dezembro. O protagonismo brasileiro no cenário mundial de green buildings será debatido durante a 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional & Expo, que acontece de 11 a 13 de agosto, em São Paulo.

O Brasil é um dos cinco países que compõe o BRIC (também composto por China, Rússia, Índia e África do Sul) a integrar a lista dos “Top 10” países LEED em 2015. O vasto mercado nacional e em ascensão no segmento de green building demonstra que uma das potências econômicas emergentes mais importantes da comunidade internacional está, de forma ativa, buscando maneiras para garantir um crescimento econômico sustentável e responsável. O Brasil foi destaque no ano passado por ser o país que obteve a maior queda do mundo em emissões de gases de efeito estufa, com base em seus esforços bem-sucedidos de combate ao desmatamento. A emersão do Brasil como um país na vanguarda do movimento de sustentabilidade tem o potencial de provocar o crescimento no mercado do LEED para as Américas do Sul e Central, devido à referência nacional como modelo econômico e político regional para os países vizinhos.

"Pela manutenção de uma forte posição de liderança nos movimentos de green buildings e sustentabilidade ambiental baseados no uso generalizado do LEED, o Brasil está demonstrando ao mundo que é possível buscar crescimento e desenvolvimento econômico sem sacrificar o compromisso de proteger o nosso planeta", disse Rick Fedrizzi , CEO e presidente fundador do USGBC." Sendo uma das potências econômicas do novo século em ascensão, o movimento da sustentabilidade brasileira está ajudando a traçar um novo caminho, mais justo e responsável para o progresso econômico e social", completa Fedrizzi.

A lista dos “Top 10” Países destaca países fora dos EUA que estão realizando progressos significativos em projeto, construção e reforma de edifícios sustentáveis, ilustrando a crescente demanda internacional por edifícios com a Certificação LEED. Espaços com a certificação LEED utilizam menos recursos hídricos e energéticos, são mais econômicos tanto para famílias, empresas e contribuintes, reduzem as emissões de carbono e criam um ambiente mais saudável para os moradores, trabalhadores e para a comunidade em geral.


Certificação LEED no mundo
Todos os dias, cerca de 172 mil m2 de espaço são certificados utilizando a ferramenta LEED, e há atualmente mais de 69.800 projetos comerciais e institucionais, o que representa 1.230 bilhões de m2 de área que participam no sistema de classificação de green building. Além de 76.500 unidades residenciais adicionais que foram certificados sob o sistema LEED for Homes. Atualmente projetos LEED podem ser encontrados em mais de 150 países e territórios em todo o mundo.


Os 10 países contemplados na lista de 2015 são culturalmente e geograficamente diversificados e representam sete das 20 maiores economias do mundo pelo Produto Interno Bruto (PIB) (China, Alemanha, Brasil, Índia, Canadá, Coréia do Sul e Turquia), bem como seis dos 11 maiores emissores de gases de efeito estufa (China, Índia, Alemanha, Coreia do Sul, Canadá e Brasil). Os Estados Unidos, país de nascimento do LEED, não estão incluídos nesta lista, mas continua a ser o maior mercado do mundo no que tange a Certificação LEED. Os EUA são a maior economia do mundo pelo PIB, bem como o segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa.

O suporte ao LEED é generalizado em todo o Brasil, com 29 organizações membros USGBC, incluindo grandes empresas espalhadas por todo o país como a Coca-Cola Brasil e a Odebrecht Realizações Imobiliárias. Existem mais de 271 profissionais LEED credenciados que operam no Brasil nos setores de arquitetura, construção e design. A certificação LEED Gold é o nível de certificação mais realizado no Brasil, contando com quase 43 por cento de todos os projectos de certificação LEED do país.

De acordo com Felipe Faria, diretor executivo do GBC Brasil, a diversidade de tipologias de projetos presentes no país abre grandes oportunidades para os próximos anos. “O que nos deixa orgulhosos é que os projetos não se limitam apenas a edifícios comerciais, mas também plantas industriais, data centers, armazéns, shopping centers, lojas, escolas, edifícios públicos, bibliotecas, museus, centros esportivos, projetos de bairros, edifícios residenciais, edificações existentes. Isso sem falar em Associações e ONGs que estão envolvidas de forma colaborativa promovendo as práticas de green building. Esta atmosfera positiva irá acelerar exponencialmente a transformação que deve ser feita", afirma o executivo.

Para faria, o anúncio vem em um momento em que a comunidade internacional está vislumbrando as negociações da ONU em Paris como uma chance historica significativa para encontrar soluções reais, vinculadas à mudança climática. “O anúncio do USGBC é um sinal de que um ‘milagre econômico verde’ está próximo de nosso alcance”, finaliza o executivo.

Alguns dos projetos relevantes ​​que foram certificados no Brasil em 2014 incluem:

• Rio de Janeiro: Estádio do Maracanã , LEED Silver

• São Paulo: Plaza Gourmet Morumbi Corporate , LEED Gold

• Fortaleza: Paco das Aguas, LEED Certified

• Rio de Janeiro: Shopping Jardim Guadalupe, LEED Certified

• Brasília: Verde Towers Brasília, LEED Gold

Greenbuilding Brasil 2015 será realizado durante o mês de agosto, 
em São Paulo
Em sua 6ª edição, o evento deste ano trará sessões educacionais completas dedicadas ao tema “água”. Na oportunidade serão tratados assuntos importantes como a gestão da água nas edificações e na indústria, a relação da água e o verde, e os desafios da sustentabilidade nas cidades brasileiras, a otimização do uso de água potável e os recursos de água não potável, entre outros. O tema “eficiência energética” é outro destaque das sessões. Serão debatidos temas como o Programa Nacional para a Energia Renovável, do Ministério do Meio Ambiente, os desafios e oportunidades para a indústria e o papel dos smart grids são alguns dos assuntos que estarão em pauta. A abertura do evento contará com a participação da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Para Felipe Faria, o Brasil já atingiu o patamar de grande potência quando o assunto é construção sustentável. “A realização deste evento demonstra a maturidade que o Brasil alcançou neste segmento ao longo dos anos. Para nós é uma satisfação poder compartilhar inovação e conhecimento sobre este importante mercado, estratégico para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirma o executivo.

A Greenbuilding Brasil 2015 conta também com um extenso espaço de exposições, que receberá empresas nacionais e internacionais que apresentarão suas soluções destinadas ao mercado de construções sustentáveis. Assim como nas edições anteriores, a Greenbuilding Brasil receberá um público qualificado, composto por tomadores de decisão do mercado de construção sustentável, diretores de empresas, arquitetos, construtoras e incorporadoras, engenheiros, prestadores de serviço, entidades governamentais, instituições financeiras, associações e instituições das áreas socioambientais, desenvolvimento sustentável, habitação, planejamento urbano, energia, água, entre outros.


Sobre o GBC Brasil - A organização não governamental é um ponto de referência para a indústria da construção sustentável no país, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green buildings em um processo integrado de concepção, implantação, construção e operação de edificações e espaços construídos.

Sobre o USGBC - O US Green Building Council (USGBC) tem o comprometimento com um futuro próspero e sustentável por meio de edificações econômicas e energenticamente eficientes. O USGBC tem a missão de transformação do mercado através do seu programa de green building LEED, programa de educação, e de sua rede nacional e internacional de empresas afiliadas, Conferência anual Greenbuild Internacional & Expo , o Centro de Escolas Verdes, bem como forncendo apoio à políticas públicas que incentivem e possibilitem a implementação de green buildings e comunidades mais sustentáveis. Para mais informações visite usgbc.org e navegue em Green Building Information Gateway (GBIG).


Serviço 6ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional e Expo
Data: 11 a 13 de agosto de 2015
Horário de exposição: 10h – 20h
Horário do congresso: 9h30 – 18h30
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo
Mais informações: http://www.expogbcbrasil.org.br/.


Imagem: Atitudes Sustentáveis
Fonte: Green Building Council Brasil


quinta-feira, julho 23, 2015 por Unknown

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segunda-feira, julho 20, 2015

O tempo todo, ininterruptamente, a natureza reage às mudanças ambientais e aos abusos do homem em prol do desenvolvimento. A consequências são inúmeras: inundações, enchentes, terremotos, deslizamentos, poluição, efeito estufa, aquecimento global e por aí vai. Uma constatação já conhecida. Mas como andam as iniciativas dos setores econômicos, órgãos públicos e população para contornar isso tudo e nos garantir qualidade de vida?

Não precisa inventar a roda, basta incorporar as boas ideias já existentes para tornar o planeta mais saudável. O ‘IPTU verde’ é um projeto que poderia muito bem se expandir para todo o país. O programa já está sendo praticado em várias cidades do país: Guarulhos, Campinas, Salvador, Araraquara, São Vicente etc. No caso de Guarulhos, ganha desconto no valor do IPTU imóveis e construções que adotam
medidas ambientais como:

Arborização – até 2%.
Áreas permeáveis (jardins ou gramados que permitam a absorção das águas das chuvas) – 2%, e os condomínios até 1%.
Sistema de captação de água de chuva – 3%.
Sistema de reuso de água – 3%.
Sistema de aquecimento hidráulico solar – 3% de desconto, e sistema de aquecimento elétrico solar 3%.
Construções com materiais sustentáveis – 3%.
Utilização de energia passiva (quando o projeto arquitetônico propicia o melhor aproveitamento da luz solar, dispensando o uso de ar condicionado e iluminação artificial) – 3%.
Utilização de energia eólica – 5%.
Telhado verde (vegetação em cima de todos os telhados da casa) – 3%.
Separação de resíduos sólidos (exclusivo para condomínios horizontais ou verticais que comprovadamente destinem sua coleta para reciclagem) – 5%.
Acessibilidade – adaptação da calçada para trânsito livre e seguro de pedestres e cadeirantes, mantendo de 1 a 1,5 metro para circulação, até 5%.

O investimento pode ser alto? Sim, mas os ganhos são maiores e cobrem rapidamente os custos de implantação. Vale a pena quebrar paradigmas e avistar os benefícios futuros de alguns projetos.

De Guarulhos para Estocolmo, chegamos às inovações da capital sueca, como o Hammarby Sjöstad, bairro verde que fica localizado perto do lago que leva o mesmo nome. Até o próximo ano, as antigas áreas industrial e portuária da cidade estarão totalmente repaginadas depois de investidos cerca de 3,5 milhões de euros por empresas de infraestrutura e do mercado imobiliário. Mas o que acontece por lá que seria bem-vindo para os nossos lados?
Na capital, caminhões de lixo não precisam transitar pela cidade emitindo CO2 e gases poluentes. A coleta é feita em diversos postos onde o lixo é sugado a vácuo para uma estrutura subterrânea. Quando os containers de 15 a 30 m³ enchem, um caminhão os leva para a usina de reciclagem. O que não pode se reciclado é incinerado para gerar eletricidade. Ônibus e cozinhas residenciais funcionam com biogás originado das águas residuais. Edifícios contam com painéis térmicos e fotovoltaicos –, que proporcionam quase a metade da água quente total consumida ,
isolamento térmico, janelas com vidro triplo e telhados verdes. As energias renováveis, como a solar, respondem por 80% do aquecimento das empresas e residências.   

No bairro, os moradores usam trem gratuito, sistema de compartilhamento de carros e ciclovias conectados para vários pontos da cidade.

Com o tratamento da água dos rios, a pesca e o lazer passaram a ser apropriados. Nem a água da chuva escapa das medidas sustentáveis. O planejamento de habitação da cidade investiu em sistemas que direcionam a demanda pluvial para unidades de tratamento específicas.
Com essas medidas sustentáveis, o Hammarby Sjöstad emite 50% menos gases de efeito estufa do que um bairro comum. Com isso tudo, Estocolmo foi eleita a primeira capital verde da Europa em 2010. Mas ainda vai ter muito mais:   ‘A cidade foi escolhida por manter um sistema administrativo integrado que garante a consideração de aspectos ambientais em orçamentos, planejamentos operacionais, relatórios e monitoramentos, e ter o objetivo de zerar o uso de combustíveis fósseis até 2050’.

Alguns resultados
• Diversas estratégias de planejamento foram elaboradas para o planejamento de curto, médio e longo prazo da cidade, como: “Programa Ambiental de Estocolmo para 2012-2015”, “Visão 2030: um guia para o futuro”, “Programa de Ações para as Mudanças Climáticas de Estocolmo”;

• Foi criado um programa para o desenvolvimento e aumento do número de parques e áreas verdes em Estocolmo, o “Stockholm Park Programme”. Atualmente, as reservas e áreas protegidas representam 11% do território da cidade, o que representa 86m² de área verde por habitante. A cidade conta com sete reservas naturais dentro de seus limites da cidade, uma reserva cultural, um parque nacional e 1000 parques;

• 95% das pessoas moram a 300 metros de uma área verde;

• A cidade aloca 2700 indústrias de tecnologia limpa;

• 100% do esgoto da cidade é tratado;

• Atualmente, 80% do aquecimento da cidade é produzido por bioenergia;
• Todos os sinais de trânsito em Estocolmo utilizam LED. Esta medida reduziu a necessidade de energia para os semáforos em 95%.
• Todos os trens e ônibus da cidade se utilizam de combustíveis limpos;

• 100% dos ônibus são acessíveis para pessoas com deficiência;

• Mais de 80% da população usa transporte público e bicicletas diariamente no sentido casa-trabalho;

• 40% dos carros vendidos são limpos;

• Três a cada quatro pessoas preferem transporte público ou bike ou carro ecofriendly;

• A cidade conta com 376 km de ciclovias.






segunda-feira, julho 20, 2015 por Unknown

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segunda-feira, julho 06, 2015

Enquanto o governo paulista aposta em obras de transposição entre rios e represas para evitar o colapso no abastecimento de água da Grande São Paulo, professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) afirmam que as soluções para a crônica escassez hídrica na região são mais simples e estão mais próximas do que os novos mananciais explorados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
As propostas vão da implementação ou ampliação de soluções já conhecidas, como água de reúso para consumo humano, abertura de poços artesianos pelo setor privado e estímulo ao uso racional da água, até a criação de um engenhoso sistema reversível de água na Usina Henry Borden, em Cubatão, para equacionar um antigo impasse em torno do uso da Represa Billings para abastecimento e geração de energia.
Das quatro ideias, apenas a que envolve a Henry Borden nunca foi considerada publicamente pelo governo. Um programa para incentivar a redução do consumo e a migração de consumidores para água subterrânea já foram adotados após o início da crise, mas ainda de forma limitada e provisória em relação ao que propõem os engenheiros. Já a construção de estações de água de reúso chegou a ser anunciada para este ano pela Sabesp, mas foi adiada.
"As duas grandes obras da Sabesp, o Sistema São Lourenço e a transposição do Paraíba do Sul, vão custar R$ 4 bilhões para trazer mais 10 mil litros por segundo. Com metade do valor dá para produzir o mesmo volume de água de reúso na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Barueri e levar para o Sistema Cantareira por uma adutora de 27 km, misturando com a água bruta da represa ", afirma o diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (Cirra), Ivanildo Hespanhol.
Segundo ele, só nas cinco estações de esgoto da Sabesp na Grande São Paulo seria possível produzir ao menos 16 mil l/s de água de reúso, mais do que o Cantareira hoje (13,2 mil l/s). Hespanhol afirma que já é possível alcançar uma qualidade suficiente para jogar a água direto na rede (reúso potável direto), mas a prática ainda não é regulamentada no Brasil. "Temos uma completa ausência de normas, e os padrões de potabilidade inviabilizam o reúso", afirma ele.
Subterrâneo – Já o vice-diretor do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas, Ricardo Hirata, destaca que outros 10 mil l/s de água que estão estocados debaixo da terra poderiam ser aproveitados na rede pública. Para isso, propõe um programa de incentivo do governo para que o setor privado invista na abertura planejada de mais 12 mil poços artesianos legalizados. Hoje, 60% dos poços na região são clandestinos.
"A água subterrânea já é o quarto principal manancial da região metropolitana e estudos mostram que ainda há mais 10 mil litros por segundo possíveis de serem explorados. É um recurso essencial e subaproveitado. Seria interessante para o bem público rever a ideia de que os poços são concorrentes da Sabesp e passar a incentivá-los de forma legal", afirma.
Billings – Já para o professor Sadalla Domingos, a saída passa pela resolução de um antigo impasse envolvendo o uso da Billings para abastecimento e geração de energia. Ele propõe tornar a hidrelétrica Henry Border, no pé da Serra do Mar, em Cubatão, em uma usina reversível, onde a água usada para produzir energia durante o dia seria bombeada de volta para a represa à noite, poupando até 7,5 mil l/s. "Isso permitiria o uso pleno da capacidade da Henry Border e também o abastecimento de água, uma solução que abarca os usos diversos."
O professor Orestes Gonçalves, por sua vez, defende um controle maior da demanda por meio da criação de um programa de uso racional da água, já feito em repartições públicas, para todos os condomínios particulares, incentivando, com isenções fiscais, a troca de equipamentos como chuveiros, vasos sanitários e torneiras por modelos mais econômicos. Na USP, o consumo caiu 52% desde 1998. Em Nova York, um programa semelhante resultou na economia de 4 mil l/s. "É preciso aproveitar o momento para transformar isso em uma política pública", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



segunda-feira, julho 06, 2015 por Unknown

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sexta-feira, julho 03, 2015



A Gazeta de Rio Preto publicou entrevista com Augusto de Franco, que esteve ontem na cidade a convite do Rotary Alvorada para conversar sobre temas do nosso cotidiano, como ‘democracia e ciência das redes, mas sob um ponto de vista diferente do que estamos acostumados. Vale a pena!
Por Frederico Tebar.

1. Você é um estudioso das redes sociais. Como definiria esse espaço nos dias de hoje?
É preciso ver, antes de qualquer coisa, que redes sociais são pessoas interagindo, não ferramentas tecnológicas, plataformas ou sites (como o Facebook e o Twitter). Chamamos de redes a padrões de interação mais distribuídos do que centralizados.

2. Como se forma uma rede social?
Redes sociais mais distribuídas do que centralizadas podem ser feitas com qualquer mídia. Podem ser articuladas com o Facebook, com telefone, com encontros presenciais, com cartas escritas a mão e postadas no Correio e, inclusive, com sinais de fumaça (como faziam os Apaches). Não é a ferramenta, não é a tecnologia e sim a forma como nos organizamos.

3. Qual o maior erro das pessoas ao se manifestarem nas mídias sociais?
Em geral o maior erro das pessoas que usam as mídias sociais é confundir mídias interativas com mídias broadcasting (transmissão um-para-muitos, como a TV e o rádio, ou mesmo a revista e o jornal). E então, em vez de aproveitarem as oportunidades da interação pessoa-com-pessoa, essas pessoas querem usar as mídias sociais para fazer propaganda no estilo tradicional, seja comercia, seja política.

4. Mídias sociais são consideradas um espaço sem lei. Você concorda?
As leis que já existem valem para as sociedades (e as sociedades são redes sociais). Já as mídias sociais são regulamentadas, em grande parte, pela interação entre seus usuários e não por uma instância normativa superior (como o Estado).

5. A morte do cantor Cristiano Araújo ganhou dimensões gigantes a partir das mídias sociais. Como enxerga esse acontecimento?
Em sociedades altamente conectadas, como as que já vivemos, as pessoas podem emitir suas opiniões. No caso de uma catástrofe ou de uma tragédia que cause uma comoção, as pessoas podem manifestar sua tristeza ou sua solidariedade (o que antes das mídias sociais interativas não podiam fazer). A dinâmica então é semelhante à da contaminação viral e isso cresce exponencialmente

A imagem que não me sai da cabeça foi a das pessoas confraternizando no dia 20 de junho de 2013, na Avenida Paulista, sentadas no chão como se estivessem numa festa.

6. Qual sua opinião sobre os movimentos sociais. Estamos no caminho certo?
Estudo as redes sociais, não o que tradicionalmente se chama de movimento social (organizado, hierárquico). Por exemplo, o que aconteceu no Brasil em junho de 2013 foi um movimento social stricto sensu: algo espontâneo, sem comando, chefe, sem centralização. Esses, aliás, são os verdadeiros movimentos sociais, não - para citar um exemplo - o MST (que é uma organização política hierárquica e autocrática travestida de movimento social).

7. Sobre o Movimento Vem pra Rua, qual a sua opinião? O que mudaria nele para fortalecê-lo?
Não se trata bem de um movimento e sim de um grupo que convoca manifestações pelo Facebook e outras mídias. Minha opinião é que todos têm o direito de convocar, mas o que acontece não tem a ver com a vontade dos que convocam.

8. Como estudioso da democracia, qual acredita ser o principal erro do cidadão brasileiro?
No Brasil se confunde democracia com eleição. E então não se vê que a eletividade é apenas um dos critérios democráticos. Mas a legitimidade da democracia é uma combinação de vários requisitos: além da eletividade, a liberdade, a publicidade (ou transparência), a rotatividade (ou alternância), a legalidade e a institucionalidade.

9. Isso acontece?
No Brasil atual vários desses requisitos estão sendo violados ou descumpridos. Por exemplo, a legalidade está sendo atropelada (na medida em que o governo pratica o banditismo de Estado) e a institucionalidade está sendo degenerada (com o aparelhamento e a corrupção generalizada nas instituições).

10. Circulando de norte a sul do país presenciou todos os cenários. Qual imagem não sai da sua cabeça?

A imagem que não me sai da cabeça foi a das pessoas confraternizando no dia 20 de junho de 2013, na Avenida Paulista, sentadas no chão como se estivessem numa festa. Outra imagem também muito significativa foi a das pessoas em Brasília, ainda em junho de 2013, na laje superior do Congresso Nacional, lançando suas sombras sobre a estrutura.

Quem é Augusto de Franco?
Escritor, palestrante e consultor. É o criador e um dos netweavers da Escola-de-Redes - uma rede de pessoas dedicadas à investigação sobre redes sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving. É autor de várias dezenas de livros e textos sobre desenvolvimento local, capital social, democracia e redes sociais. Entre eles: A terceira invenção da Democracia; Democracia: um Programa autodidático  de aprendizagem; Desenvolvimento, capital social e Democracia.

sexta-feira, julho 03, 2015 por Unknown

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