Uma noite para avaliar o impacto da crise econômica e buscar caminhos para o mercado imobiliário. O Encontro Secovi do Mercado Imobiliário de São José do Rio Preto e Região, realizado em 25 de junho, no Hotel Nacional reuniu mais de 200 corretores e representantes de imobiliárias. O diretor da Regional do SindusCon-SP, Germano Hernandes Filho, participou do evento representando o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto. Entre os anfitriões que comandaram o evento estavam Alessandro Nadruzdiretor Regional do Secovi em São José do Rio Preto, e Flavio Amary, diretor da Regional do Secovi em Sorocaba, representando o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
De acordo com estudo apresentado por Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, São José do Rio Preto registrou o lançamento de 8.212 unidades habitacionais entre junho de 2012 a maio de 2015. O detalhamento da pesquisa revela uma particularidade da cidade e região que é a estabilidade do mercado imobiliário local. Para Hernandes Filho, os dados comprovam o que as construtoras regionais já haviam percebido. “Este equilíbrio do nosso mercado é muito positivo. Tanto que temos mantido a estabilidade na geração de empregos. Há quatro meses a nossa regional continua contratando, ao contrário do que acontece no cenário nacional”.
Nadruz atribuiu os bons dados regionais à qualidade de vida de Rio Preto, com oportunidades de negócios geradas pelo cenário local. “Temos imóveis para todas as classes sociais e também as torres comerciais. É hora de negociar descontos, prazos, financiamentos.”
Em sua apresentação, Petrucci destacou que pelo menos 26% da população tem entre 20 e 30 anos. “São mais de 100 mil pessoas na idade em que se compra o primeiro imóvel. É um imenso mercado a ser explorado”, disse ele que preferiu não falar em crise, mas sim em momento diferenciado no mercado imobiliário. “Rio Preto sente o momento econômico de forma diferente. O mercado é estável. Quando há euforia na capital, por aqui as vendas melhoram um pouco. Quando as vendas despencam no Brasil, o mercado aqui vende um pouco menos”, avaliou Amary.
Outro ponto em comum no discurso das lideranças foi o nível de otimismo realista. “Vivemos numa região onde o mercado ainda é bom, mas precisamos sair da zona de conforto. É nas crises que surgem oportunidades e inovações”, finalizou Hernandes Filho. (Ester Mendonça)