A região de Rio Preto foi umas das poucas com resultado positivo na geração de empregos na construção civil em todo o Estado de São Paulo. O desempenho local foi o segundo melhor, com uma alta de 1,08% durante o mês de março, atrás apenas da região de Santos, que teve um crescimento de 1,61% no número de empregos gerados. O saldo entre contratações e demissões da região fechou positivo em 333 novas vagas. Com isso, a região conta com 31.054 trabalhadores formalmente registrados no setor. Os números integram a pesquisa elaborada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O município de Rio Preto também registrou números positivos. Foram 194 vagas abertas em março, o que representa aumento de 1,63% em relação a fevereiro. O município tem 12.129 pessoas com carteira assinada nos setor. Segundo o economista José Aparecido Firmino, a movimentação positiva de Rio Preto e região é resultado dos diversos empreendimentos lançados em anos anteriores, antes de a crise aumentar. "Esses empreendimento são de longo prazo. Foram anunciados há algum tempo e agora, mesmo com crise, as construtoras precisam entregar, o que ajuda o setor a se manter contratando." No entanto, para os próximos meses, o economista afirma que o cenário pode mudar, caso não haja novos empreendimentos do setor anunciados.
Região
Votuporanga e Fernandópolis também tiveram resultados positivos no período. Votuporanga, que tem 1.525 trabalhadores registrados, fechou março com 51 novas contratações, aumento de 3,46% em relação a fevereiro. Fernandópolis teve 11 novas vagas geradas (aumento de 1,13%), elevando para 985 o total de trabalhadores do setor. Já em Catanduva, o quadro continua negativo. Em março, o saldo foi de 56 demissões, representando queda de 3,42% em relação a fevereiro. O município tem 1.581 pessoas empregadas no setor.
Estado de São Paulo
Em março, o nível de emprego no Estado de São Paulo fechou com queda de 0,17% com relação ao mês anterior, com o saldo entre contratações e demissões negativo em 1.458 trabalhadores. No trimestre, o indicador apresenta saldo negativo de 1.107 vagas. Com isso, ao final de março o número de trabalhadores do setor empregados no Estado totalizava 837,7 milhões. Comparando com março de 2014, a queda foi de 6,37% (-56.966 vagas).
Brasil
Em todo o Brasil, o nível de emprego na construção civil teve queda de 0,68% em março, na comparação com fevereiro. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 22,3 mil trabalhadores com carteira assinada. Com isso, ao final de março, o número de trabalhadores do setor totalizava 3,253 milhões. Com relação a março de 2014, foram fechadas 296,9 mil vagas (-8,36%).
"A rápida deterioração do nível de emprego no primeiro trimestre requer medidas urgentes do governo para reverter esse quadro. É preciso agilizar novas concessões na infraestrutura, bem como lançar a fase três do programa Minha Casa, Minha Vida. No setor imobiliário, diante do próximo esgotamento dos financiamentos com recursos da poupança, será necessário reforçar a concessão de crédito por meio de novos instrumentos financeiros", comenta o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
Diário da Região
Texto: Beto Carlomagno
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