O governo estuda ampliar o programa habitacional Minha Casa
Minha Vida (MCMV) para famílias carentes. A iniciativa tenta dar ânimo ao setor
da construção civil ao mesmo tempo em que dá uma resposta federal ao debate
sobre habitação popular após o desabamento do edifício ocupado por famílias
carentes no centro de São Paulo. O estudo para ampliar o programa habitacional
foi confirmado pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de
Souza.
A ampliação do programa tende a ocorrer com o remanejamento
de recursos e injeção de dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). A ideia é beneficiar famílias mais carentes, especialmente a faixa 1 –
que têm renda familiar de até 1.800 reais e pagam prestações mensais entre 80
reais e 270 reais por até 120 meses. Algumas das opções também contemplam a
ampliação do número de casas da faixa 1,5 – com renda entre 1.800 reais e 2.600
reais, mas a prioridade são as famílias mais pobres.
A proposta é aumentar o número de famílias beneficiadas na
base do MCMV. Em 2017, o governo contratou apenas 23.000 moradias destinadas a
famílias que ganham até 1.800 reais. Isso representa apenas 13,5% da meta de
170.000 unidades para o ano.
“Tudo será feito de maneira bastante responsável. Essa é uma
orientação do próprio presidente e da equipe econômica”, disse o presidente da
Caixa. Atualmente, o governo prevê 650.000 unidades habitacionais em 2018 para
todas as faixas do MCMV que beneficia famílias com renda de até 7.000 reais.
Com o reforço do programa habitacional, o governo tenta
incentivar a atividade da construção civil, segmento que tem grande capacidade
de geração de empregos. Ao mesmo tempo, seria uma maneira de Brasília reagir ao
problema da habitação popular urbana que voltou ao centro do debate nacional
após a tragédia no centro da capital paulista.
FONTE: Estadão Conteúdo
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