O Grupo Diário da Região reuniu, hoje, especialistas, produtores, empresários, representantes de entidades de classe e da comunidade para debater as perspectivas e preocupações relacionadas ao Agronegócio, Sustentabilidade e Meio Ambiente -  frentes adotadas como título do Seminário. A MONTAGE-SIS participou como empresa convidada do setor da construção civil da região.
Foram abordados assuntos como a evolução dos mercados, a geração de bioenergia, a aplicação do Código Florestal e a gestão da água como indutor de desenvolvimento socioeconômico. A programação foi dividida entre os palestrantes e suas respectivas apresentações:
Ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues – “Perspectivas para o agronegócio sustentável”;
Antonio Cabrera Mano Filho, que também ocupou a mesma pasta –“Bioenergia, sustentabilidade e liberdade econômica”;

Superintendente do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), Nicanor Batista Júnior – “A água como fator estratégico na cidade e no campo”;

Procurador da Fazenda Nacional, Luís Carlos Silva de Moraes, que ajudou na elaboração do Código Florestal – “Sustentabilidade: conceito e contexto de aplicação”.
Pontos de vista destacados pelo Diário da Região

Segundo Luís Carlos Silva de Moraes, sustentabilidade tem conceito jurídico estabelecido por tratado internacional.“O que se diz seja sustentabilidade no Brasil vem se afastando do conceito estabelecido mundialmente. Para que não haja problema, esse conceito deve ser entendido e assimilado por todos.”

Ele explica que o contexto de aplicação gera desafio ainda. “Um dos pilares da abordagem ambiental é o tratamento multidisciplinar. O que parece simples se complica pelo não atendimento dessa regra, em que as preferências dos formadores de política para o agronegócio não contextualizam todos os prismas da abordagem multidisciplinar”, comenta.
Para Antonio Cabrera Mano Filho, o seminário é uma oportunidade para se debater a importância da bioenergia como fator de desenvolvimento. "O Brasil é um dos poucos países no mundo em que podemos abastecer nossos carros com um combustível que poucos meses antes era apenas água, gás carbônico na atmosfera e a luz do sol nas folhas de cana, algo que nosso país tem em abundância. Mas ao mesmo tempo, a falta de liberdade econômica impede que possamos utilizar este potencial em favor do emprego e da renda”.