O presidente do Sindicato
da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Amary, reiterou nesta
terça-feira, 14, a projeção de crescimento de 5% a 10% nas vendas e nos
lançamentos do mercado imobiliário residencial da capital paulista em 2017.
“Estamos no fim de um ciclo de baixa e iniciando um ciclo de recuperação”,
afirmou, durante entrevista à imprensa.
A
perspectiva de crescimento neste ano já vinha sendo citada pelo sindicato desde
o fim de 2016, em meio aos primeiros sinais de melhora do quadro econômico
nacional e estabilização política. Nesta terça, Amary afirmou que esse ambiente
de melhora tem se confirmado, com manutenção na trajetória de queda da inflação
e da taxa de juros, elementos que devem estimular a comercialização de imóveis
daqui para frente. Por outro lado, ele destacou que o setor só voltará a
reaquecer, de fato, com a volta da criação de empregos e a recuperação da renda
da população, o que é esperado apenas para o segundo semestre deste ano.
Se a
projeção de crescimento do mercado imobiliário em 2017 for confirmada,
representará uma virada para o setor, que diminuiu de tamanho por três anos
consecutivos. De acordo com dados publicados hoje pelo Secovi-SP, os
lançamentos de imóveis residenciais em São Paulo somaram 17,6 mil unidades em
2016, queda de 23,3% em relação às 23,0 mil unidades de 2015. Em 2014, os
lançamentos atingiram 34,0 mil unidades, e em 2013, 34,2 mil.
Já as
vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista totalizaram 16,0 mil
unidades em 2016, retração de 19,7% frente às 20,1 mil unidades comercializadas
em 2015. Em 2014, as vendas somaram 21,6 mil unidades, e em 2013, 33,3 mil. Com
esse resultado, as vendas em 2016 foram as mais baixas da série histórica, com
início em 2004.
O
economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, observou que os níveis de
comercialização chegaram a um nível muito abaixo da média, o que indica que há
uma grande demanda reprimida. “É justamente essa demanda que voltará a
reaquecer o mercado em algum momento futuro”, explicou.
Petrucci
acrescentou que o sindicato cogita elevar, em junho, a projeção de crescimento
no mercado imobiliário ao longo do ano, dependendo do ritmo de recuperação da
economia brasileira, mas frisou que não espera nova retração no setor. “Nos
meses anteriores, nós considerávamos a possibilidade de rever essa projeção
para baixo, dado o nível elevado de incertezas. Agora, se mudarmos a projeção,
é mais provável que seja para cima. Seguramente, o fundo do poço foi o ano
passado.”
Fonte: IstoÉ
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