segunda-feira, janeiro 26, 2015

Pesquisadores coletaram amostras para estudos climáticos no Brasil. 
Foram 1,4 mil km percorridos desde o dia 5 de janeiro

Quatro pesquisadores brasileiros completaram a travessia científica pelo interior da Antártica na última sexta-feira (16). Ele retornaram ao ponto de partida, um acampamento na geleira Union.
Ainda como preparativo da expedição, antes de iniciar a viagem de volta a Porto Alegre, a equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai preparar as amostras de gelo coletadas para transporte.
"Atravessamos 1,4 mil quilômetros do manto de gelo da Antártica Ocidental, coletando 110 metros de testemunhos de gelo e dezenas de amostras superficiais para análise ambiental", escreveu o diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS (CPC), Jefferson Simões, líder da expedição financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em diário da travessia.
"Levantamos o provável local onde instalaremos o módulo Criosfera 2 e ainda marcamos a rota para o transporte desse módulo, desde a pista de aterrissagem no gelo azul na geleira Union até o monte Johns", continuou.
A iniciativa
Iniciada em 5 de janeiro, a bordo de duas caminhonetes, a travessia passou pelo módulo Criosfera 1, posto latino-americano mais próximo do Polo Sul geográfico, e depois chegou à região do monte Johns, onde o Brasil deve instalar o Criosfera 2, no verão de 2015 a 2016.
Do local, o grupo seguiu viagem para dentro da bacia de drenagem da geleira da ilha Pine. Sob "condições meteorológicas excelentes", com velocidade de até 70 km por hora, a equipe completou o trecho final de 300 km, ao superar as montanhas Ellsworth e um campo de fendas e descer de uma altitude de 2.120 m para 720 m.
"Navegamos por toda a madrugada, acima dos 2 mil metros, continuando nossa amostragem a cada 10 km. Às 6 horas da manhã do dia 16, chegamos ao início da passagem Hewett, que dá acesso à cadeia Heritage das montanhas Ellsworth", relatou Simões.
"Montamos nossas barracas e alguns dormiram nos veículos, porque tínhamos que esperar a chegada de dois guias que já conheciam o passo. Os primeiros dois quilômetros atravessam uma área com muitas fendas e só é possível passar por lá seguindo um corredor de cerca de 8 metros de largura, já demarcado. Às 11h, os guias chegaram de motos de neve e trafegamos entre as montanhas. A travessia estava completa às 15h30", seguiu.
Em seu último texto, divulgado domingo (18), o pesquisador da UFRGS previu que, em três dias, que incluem esta segunda-feira (19), eles preparam o transporte dos testemunhos de gelo. O material seguirá em câmara frigorífica para a Universidade do Maine, nos Estados Unidos, além do material científico e de acampamento, a ser levado por um navio da Marinha do Brasil até Punta Arenas, no Chile, de onde a equipe saiu de aeronave antes da travessia.
Massa de gelo
O grupo dedicou a quinta-feira (15), quando ainda estava acampado no monte Johns, para conhecer a bacia de drenagem da ilha Pine, com objetivo de coletar amostras superficiais de neve e recuperar um testemunho de gelo com cinco metros de comprimento, a fim de determinar a variação de acumulação de neve no passado recente.
Segundo Simões, "a enorme massa de gelo isolada" corre para os mares de Amundsen, a sudeste do oceano Pacífico, e de Weddell, mais próximo ao Atlântico.
"Estamos sobre o manto de gelo da Antártica Ocidental, em média 2 mil metros acima do nível do mar. Conforme avançamos, a espessura do gelo aumenta, atingido 3,5 mil metros a 100 km de nosso acampamento", contou o expedidor.
O diretor do CPC informa que, desde 1968, existe uma hipótese de que as geleiras assentadas em superfícies rochosas abaixo do nível do mar sejam mais sensíveis a variações ambientais, como o aumento da temperatura oceânica.
"Basicamente, água mais quente poderia causar o recuo das frentes dessas geleiras de maneira rápida, desestabilizando os pontos nos quais elas estão assentadas sobre a rocha, fazendo com que o gelo deslizasse mais rapidamente para dentro do mar e contribuindo para o aumento do nível dos oceanos, em alguns metros, em pouco mais de um século", explicou.
Já neste milênio, de acordo com Simões, estudos por imagem de satélites começaram a detectar um rápido recuo da frente da geleira da ilha Pine. "Assim, não causa surpresa o investimento de milhões de dólares por parte da comunidade internacional em investigações dessa e de outras geleiras nesta parte do manto de gelo antártico", comentou. 
A travessia científica, a montagem do Criosfera 2 e a manutenção do Criosfera 1 até fevereiro de 2016 estão garantidos por recursos da Coordenação para Mar e Antártica do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI).
As atividades integram o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), com apoio da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm).

segunda-feira, janeiro 26, 2015 por Unknown

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sexta-feira, janeiro 23, 2015

A UN-Water anunciou o tema do Dia Mundial da Água de 2015. Neste ano, o assunto que pautará as discussões do setor de recursos hídricos em todo o mundo será 'Água e Desenvolvimento Sustentável'.
A UN-Water é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que coordena ações em assuntos sobre água doce e saneamento.
Celebrado mundialmente desde 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro.
Desde então, as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos.
Entre os temas já escolhidos para a data estão: água e energia, cooperação pela água, água e segurança alimentar, águas transfronteiriças, saneamento, água limpa para um mundo saudável, lidando com a escassez de água e água para as cidades: respondendo ao desafio urbano.
Fórum Mundial da Água em 2018
A capital federal, que concorria com Copenhague (Dinamarca), foi eleita durante em fevereiro de 2014, durante a 51ª Reunião do Quadro de Governadores do Conselho Mundial da Água (WWC), em Gyeongju (Coreia do Sul), para sediar o Fórum Mundial da Água de 2018
O fórum ocorre a cada três anos e é o maior evento do mundo com a temática dos recursos hídricos. A campanha brasileira apresentou o tema 'Compartilhando Água', para integrar os assuntos discutidos nas edições anteriores do evento, dando continuidade aos debates já realizados sobre os desafios do setor de recursos hídricos.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), em agosto de 2013, uma equipe de avaliadores esteve em Brasília e produziu um relatório sobre infraestrutura de transportes, mobilidade urbana, rede hoteleira e locais para realização do fórum, que serviu de subsídio para que a cidade fosse a escolhida.
A próxima edição do evento organizado pelo WWC, em 2015, será em duas cidades da Coreia do Sul, Daegu e Gyeongbuk, com o tema 'Água para Nosso Futuro'. O objetivo é destacar a temática dos recursos hídricos na agenda global e reunir organizações internacionais, políticos, representantes da sociedade civil, cientistas, usuários de água e profissionais do setor.

sexta-feira, janeiro 23, 2015 por Unknown

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quarta-feira, janeiro 21, 2015

Desde de 1º de janeiro, está valendo o Sistema de Bandeiras Tarifárias para apresentar os custos de produção de energia na conta de luz dos consumidores. Acompanhe as explicações da  Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. 

Por que foram criadas as bandeiras tarifárias?

A energia elétrica no Brasil é gerada predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas dependem das chuvas e do nível de água nos reservatórios. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas podem ser ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel. Por outro lado, quando há muita água armazenada, as térmicas não precisam ser ligadas e o custo de geração é menor.

As bandeiras tarifárias são mais um custo que será incluído à conta de energia?

As bandeiras tarifárias são uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já está na conta de energia, mas geralmente passa despercebido. Atualmente, os custos com compra de energia pelas distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste das tarifas dessas distribuidoras e são repassados aos consumidores um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer. Com as bandeiras, haverá a sinalização mensal do custo de geração da energia elétrica que será cobrada do consumidor, com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha. Essa sinalização dá, ao consumidor, a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar.


Como foram calculados os custos de cada bandeira?

A aplicação das bandeiras é realizada conforme os valores do Custo Marginal de Operação (CMO) e do Encargo de Serviço de Sistema por Segurança Energética (ESS_SE) de cada subsistema.

O Custo Marginal de Operação (CMO) equivale ao preço de unidade de energia produzida para atender a um acréscimo de demanda de carga no sistema, uma elevação deste custo indica que a geração de energia elétrica está mais custosa. Um CMO elevado pode indicar níveis baixos de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas e condições hidrometeorológicas desfavoráveis, isto é, poucas chuvas nas bacias dos rios. O CMO também é impactado pela previsão de consumo de energia, de forma que um aumento de consumo, em decorrência, por exemplo, de um aumento da temperatura, poderá elevar o CMO. Quando isso acontece, as usinas termelétricas entram em operação para compensar a falta de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas ou o aumento de consumo e, assim, preservar a capacidade de geração de energia dessas hidrelétricas nos meses seguintes.

Já os Encargos de Serviço do Sistema (ESS) são aqueles decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os custos de ESS por segurança energética advêm da solicitação de despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para realizar geração fora da ordem de mérito de custo, ou seja, despachar geração mais custosa (térmicas), visando garantir a futura segurança do suprimento energético nacional.

Juntos, o CMO e o ESS_SE determinam a bandeira a ser adotada em cada mês, por subsistema:
  • Bandeira verde: CMO + ESS_SE menor que R$ 200,00/MWh (duzentos reais por megawatt-hora);
  • Bandeira amarela: CMO + ESS_SE igual ou superior a R$ 200,00/MWh e inferior a R$ 350,00/MWh;
  • Bandeira vermelha: CMO + ESS_SE igual ou superior a R$ 350,00/MWh.

Uma vez por mês, o ONS calcula o CMO nas reuniões do Programa Mensal de Operação (PMO) - quando também é decidido se haverá ou não a operação das usinas termelétricas e o custo associado a essa geração. Após cada reunião, com base nas informações do ONS, a ANEEL aciona a bandeira tarifária vigente no mês seguinte.


Eficiência energética: como economizar?

Com a aplicação das bandeiras tarifárias, o consumidor tem a oportunidade de gerenciar melhor o seu consumo de energia elétrica e reduzir o valor da conta de luz. O avanço da tecnologia permite usar menos energia para atender a uma mesma necessidade. Ou seja, obter o mesmo conforto ou os mesmos serviços com uma quantidade menor de recursos energéticos.

Utilizar a energia elétrica de forma consciente e racional é muito importante para o consumidor de energia elétrica e para a sociedade. Além de economizar na conta de luz, o uso eficiente de energia elétrica ajuda a evitar sua escassez. As ações de combate ao desperdício ajudam a evitar um aumento do preço final da energia elétrica.




quarta-feira, janeiro 21, 2015 por Unknown

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