sexta-feira, outubro 31, 2014




Na semana passada, a Record ouviu Germano Hernandes Filho, 
engenheiro especialista em recursos hídricos, sobre a falta de água 
em algumas  regiões do país. 



sexta-feira, outubro 31, 2014 por Unknown

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Hoje o Antonio Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), está tratando da falta da água e os motivos que podem estar causando essa crise.

Com 20% da floresta desmatada outros 20% degradados, a floresta amazônica já começa a falhar em seu papel de regulação do clima da América do Sul, diz o biogeoquímico Antonio Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A pedido de ONGs ambientalistas coordenadas pela ARA (Articulação Regional Amazônica), Nobre publicou um relatório revisando 200 estudos sobre o cenário de pesquisa na área, e concluiu que a floresta já dá sinais de desgaste em seu papel de bombear umidade do oceano para o interior da América do Sul, entre outros problemas.

O papel de "bomba d'água biótica" que a floresta exerce, demonstrado por trabalhos anteriores do próprio Nobre, pode estar em risco.
A consequência disso, afirma o cientista, é que chuvas dentro do bioma e também num polígono ao sul do continente, a leste dos Andes, podem não chegar com a mesma regularidade.

Para reverter a situação, Nobre diz que a solução é não apenas parar o desmatamento mas também iniciar um amplo processo de reflorestamento, pois a seca que a região Sudeste vive hoje já pode ser resultado da destruição da Amazônia.

A consequência disso, afirma o cientista, é que chuvas dentro do bioma e também num polígono ao sul do continente, a leste dos Andes, podem não chegar com a mesma regularidade.
Para reverter a situação, Nobre diz que a solução é não apenas parar o desmatamento mas também iniciar um amplo processo de reflorestamento, pois a seca que a região Sudeste vive hoje já pode ser resultado da destruição da Amazônia.

Nobre diz ter ficado "assombrado" com a quantidade de evidências recentes que encontrou para esse fenômeno em estudos de revisão publicados em revistas científicas indexadas. Mas preferiu publicar suas conclusões primeiro em um relatório em linguagem voltada ao público em geral.

"Falar disso para os cientistas é meio como pregar o pai-nosso para o vigário", disse Nobre ontem num evento em São Paulo, onde o trabalho foi lançado. A decisão de publicar um estudo em linguagem acessível também se deu por uma vontade de prestar contas de suas pesquisa à sociedade, diz o cientista.

"É uma decisão arriscada da minha parte, mas o 'peer review' [sistema de revisões independentes adotado por revistas científicas técnicas] dificulta muito esse tipo de analise integrativa", afirmou.

O relatório de Nobre, intitulado "O Futuro Climático da Amazônia", cita trabalhos mais atualizados do que aqueles apresentados no último relatório do IPCC (painel do clima da ONU), por exemplo, que não previa problemas tão graves na região.

SAVANIZAÇÃO
O painel foi mais reticente em afirmar, por exemplo, que a Amazônia pode se transformar em uma savana no futuro, impulsionada pelo aquecimento global, conclusão antes tida como mais segura.
"Como nenhum modelo climático atual incorpora os mecanismos e os efeitos previstos pela teoria da bomba biótica de umidade, principalmente nos potenciais efeitos das mudanças na circulação do vento, suas projeções podem ser incertas", escreve Nobre no relatório.

Para o cientista, outro fator também vinha sendo subestimado em alguns modelos matemáticos que tentam reproduzir a interação entre a floresta e o clima: a degradação florestal, os trechos de vegetação que já perderam boa parte de suas árvores e sua biodiversidade, mas que aparecem como floresta intacta em fotos de satélites.

Isso faz com que 40% da floresta esteja prejudicada em diferentes níveis, porcentagem similar à que alguns estudos previam como o ponto de virada no qual a floresta não mais conseguiria se sustentar sozinha, incapaz de garantir a própria umidade.

"A gente já está chegando nesse 'tipping point', e a capacidade de compensação do sistema não está mais aguentando", diz. 


Confira mais dados no UOL





sexta-feira, outubro 31, 2014 por Unknown

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Foi lançada nesta semana, 29/10, na capital paulista, a Aliança pela Água – associação formada por mais de 20 organizações não governamentais (ONGs) voltadas à defesa do meio ambiente, como Greenpeace, SOS Mata Atlântica, WWF-Brasil e Rede Nossa São Paulo. O objetivo é propor sugestões para resolver a falta de água no estado de São Paulo.

A iniciativa começou com um mapeamento feito de agosto a setembro, com a ajuda de 281 especialistas, que listaram propostas emergenciais e para os próximos dez anos. O levantamento envolveu 368 organizações, em 60 municípios atingidos pelo desabastecimento, resultando em 20 ações principais, de curto e longo prazos.

O relatório aponta, como iniciativas de curto prazo, a instalação de um comitê de gestão de crise e de salas de situação de crise, pelo governo estadual, com ampla participação das prefeituras e da sociedade. A transparência na gestão, que garanta acesso da população aos horários e dias com risco de falta de água também foi considerada. Outra medida é ampliar a divulgação de informações ao cidadão, além da promoção de campanhas públicas.

A Aliança pela Água defende ainda a aplicação de multas em casos de desperdício e uso abusivo de água. Outra proposta é que a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) façam uma moratória das outorgas a grandes consumidores de águas subterrâneas, como indústrias de celulose, bebidas e irrigação.

Entre os projetos de longo prazo, estão a criação de um novo modelo de gestão de água, a revisão dos contratos de concessão pelos municípios e um plano que efetivamente acabe com o desperdício de água na rede, tanto por vazamento quanto pelos desvios irregulares. Os governos estadual e municipal podem também implementar uma política de reúso da água e aproveitamento da chuva.

Outro ponto defendido pelas ONGs é a recuperação e proteção dos mananciais. Na capital paulista, a Represa Billins, que tem a mesma capacidade de reserva do Sistema Cantareira e fica a apenas 20 quilômetros da cidade, poderia se tornar manancial, mediante negociação com o setor elétrico, que a utiliza atualmente. A despoluição de rios urbanos, como o Tietê e o Pinheiros, na capital, também entra no projeto.

De acordo com a coordenadora do Instituto Socioambiental (ISA), Marussia Whately, a meta é São Paulo chegar a abril de 2015 em situação segura para enfrentar a próxima estiagem. Segundo ela, o Cantareira tem pela frente o grande desafio de recuperar-se do esgotamento, que deixou o sistema com volume útil negativo de 15,4%.

A coordenadora explica que um conjunto de fatores levou à atual crise hídrica, impulsionada pela má gestão da água. “Uma gestão baseada na noção de que fontes de água são inesgotáveis. Essa gestão tem vários equívocos”, destacou. Além disso, a estiagem, a degradação dos mananciais e de fontes de água, a falta de transparência e participação no processo foram fatores prejudicais. Segundo Marussia, as eleições para governador ajudaram, este ano, a adiar o debate sobre falta de água. “Por não trazer medidas menos populares, como as multas, ao debate”, esclarece.

Para Marussia, a meta é, até o final do ano, ter informações mais consistentes sobre as propostas para que um documento seja apresentado aos governos e órgãos responsáveis pela gestão de água no estado.


Fonte: Agência Brasil


sexta-feira, outubro 31, 2014 por Unknown

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quarta-feira, outubro 22, 2014

A região metropolitana de São Paulo precisa começar a reusar a água para que o sistema hídrico tenha sustentabilidade, avalia a o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP),  Ivanildo Hespanhol. “Hoje nós estamos usando o mesmo paradigma de 2 mil anos. Nós estamos trazendo água de cada vez mais longe. Sistemas que já estão com um problema sério de estresse hídrico, como é o caso da Bacia do Piracicaba”, ressaltou o especialista ao comparar o sistema de captação atual com os  aquedutos romanos da antiguidade.
O tema foi discutido hoje (16) no 1º Fórum Técnico Internacional Reúso Direto e Indireto de Efluentes para Potabilização, na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Hespanhol, que é diretor do Centro Internacional de Referência em Reuso de Água, explicou que 80% do volume que é captado voltam aos rios como esgoto. Na Grande São Paulo, são geradas, segundo o professor 64 metros cúbicos de esgoto por segundo (m³/s). Por outro lado, só são tratados 16m³/s. “O sistema é absolutamente insustentável. Nós continuamos trazendo água de fora, produzindo esgoto e não tem nem planejamento para tratá-lo”, disse ao citar os planos de ampliação o fornecimento de água para a região com novas adutoras.
Aproveitando as estações existentes, o sistema de tratamento poderia, de acordo com Hespanhol, ser aprimorado para que essa água fosse destinada para aproveitamento não potável, como o uso industrial. Isso, seria, na opinião do especialista, uma primeira fase de um plano para incorporar a água de reúso ao sistema de abastecimento.
Na prática, segundo o professor, a água de reúso já está presente no abastecimento de várias cidades. Hespanhol cita, por exemplo, o caso do Rio Paraíba do Sul que recebe efluentes e faz parte do sistema de captação de diversos municípios simultaneamente. “Uma cidade capta água, trata, vira esgoto, joga no rio. A cidade de baixo faz a mesma coisa e assim sucessivamente”, ressalta.
Não há, no entanto, um planejamento para que a água seja usada dessa forma. “Esse é o reúso potável direto não planejado e também inconsciente. Esse é um grande problema de saúde pública e um grande problema ambiental que as companhias de saneamento não veem”, avaliou o professor.
Existe, inclusive, de acordo com Hespanhol, uma resistência cultural ao uso de esgoto tratado para o abastecimento. “A nossa percepção cultural inibe a utilização de esgoto como água potável ou não potável,” destacou.
O professor garante, entretanto, que os processos de reúso podem transformar o esgoto em água e ser usada para qualquer finalidade. Para o abastecimento das cidades, Hespanhol diz que a água de reúso pode ser misturada a água usada normalmente para o abastecimento. “Onde ele seria diluído, teria a qualidade melhorada, voltaria para estação de tratamento, produzindo água”, detalhou.

Por: Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado 


quarta-feira, outubro 22, 2014 por Unknown

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segunda-feira, outubro 20, 2014

De acordo com a Sabesp, choveu 23,9 mm na região; a média para o mês de outubro todo é de 130,8 mm; o sistema abastece cerca de 9 milhões de pessoas

A chuva que atingiu São Paulo no domingo (19) foi significativa nos reservatórios que abastecem o Cantareira, mas não suficiente para interromper a série de quedas dos índices do sistema que abastece cerca de 9 milhões de pessoas.
Nesta segunda-feira (20), o Cantareira operava com 3,5% de sua capacidade. No sábado (18), era 3,8% e, no domingo (19), 3,6%.
De acordo com a Sabesp, choveu 23,9 mm na região. A média para o mês de outubro todo é de 130,8 mm.
Nos últimos dias, os índices têm caído 0,2 ponto percentual por dia. Com a chuva, caiu apenas 0,1 ponto percentual.

Site não atualiza dados
O site da Sabesp que informa os índices dos mananciais não informa, desde sexta-feira (17), os índices dos reservatórios para a população.
Ao olhar os dados, não consta a informação apenas do índice do reservatório, mas apresenta dados como a pluviometria do dia e do mês.
Procurada, a Sabesp diz que ocorreu um "problema técnico" e que as informações devem voltar a ficar disponíveis ainda na noite desta segunda-feira (20).
Pesquisa Datafolha
Segundo pesquisa Datafolha, realizada na última sexta (17), 60% dos paulistanos dizem ter ficado sem água em casa em algum momento nos últimos 30 dias.
O levantamento mostra pela primeira vez que mais de metade dos paulistanos ficou sem água. Nas pesquisas anteriores, em junho e agosto, os índices foram de 35% e 46%, respectivamente.
A pesquisa também perguntou sobre a duração da falta d'água. Três em cada quatro atingidos disseram que na última vez em que o problema ocorreu a interrupção foi de mais de seis horas.
A situação é mais grave para quem mora em casa: 67% dizem ter ficado sem água alguma vez nos últimos 30 dias.

Entre os paulistanos que vivem em apartamentos -que geralmente são atendidos por uma caixa-d'água maior- o índice é de 26%.
A pesquisa, com 804 entrevistas, tem margem de erro de quatro pontos percentuais e foi feita 12 dias após o primeiro turno das eleições.
 
Fonte: Folhapress



segunda-feira, outubro 20, 2014 por Unknown

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Com a chegada do horário de verão, que começa nesse domingo, 19 de outubro, o Inmetro dá dicas para quem quer poupar sem ter de abrir mão de ventiladores e ar condicionado: trocar as lâmpadas, desligar aparelhos em stand by e optar por produtos eficientes, classificados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), são algumas delas. Juntos, podem representar uma economia média de R$ 1.212 ao ano – cálculo feito com base em uma casa de dois quartos, com refrigerador, televisão na sala, máquina de lavar, três ventiladores de teto, um chuveiro elétrico e um ar condicionado e pontos de luz em todos os cômodos.



“A primeira dica é aproveitar luminosidade natural durante o horário de verão, reduzindo o tempo de acendimento de lâmpadas. Inclusive, trocar as lâmpadas incandescentes por fluorescentes proporciona uma economia média de R$ 310 por ano. Agora, se o consumidor for comprar um aparelho novo, é importante levar em consideração a etiqueta de eficiência energética, com a classificação de A a E feita pelo Inmetro, sendo A o mais e E o menos eficiente”, explica Marcos Borges, responsável pelo PBE.

Segundo Marcos, é possível comprar um produto novo somente com a economia gerada durante a sua vida útil. “Ao adotar uma escolha consciente ele induz o desenvolvimento tecnológico e a melhoria do produto. No caso das geladeiras de 300 litros, a economia é de R$ 100 por ano. Ao final de dez, o consumidor troca de aparelho somente com o que economizou. Comprar produtos classificados como A é sempre uma vantagem para o bolso”, ressaltou.

Confira algumas dicas do Inmetro para economia de energia:
Lâmpada incandescente:
 Pode parecer mais barata porque custa menos na hora da compra, mas, em geral, a fluorescente compacta é quatro vezes mais econômica e dura de oito a dez vezes mais. Em um ano, somente trocando as incandescentes por fluorescentes compactas equivalentes a economia é de cerca de R$ 310 (já incluindo o gasto com as lâmpadas novas, em um apartamento de dois quartos com 13 lâmpadas, por exemplo).

Geladeira: São classificadas quanto à eficiência energética. O modelo mais simples, de uma porta, classificado como ‘A’ em comparação a um classificado como ‘E’, representa uma economia de R$ 54 em um ano (em 10 a 12 anos, período médio de vida da geladeira, isso equivale, praticamente, a compra de uma nova). Em geladeiras maiores essa relação pode ser até superior. Um combinado, em média de 300 litros, pode economizar mais de R$ 100 por ano.

Boas dicas para manter sua geladeira eficiente: mantenha-a limpa, não seque roupas atrás do motor e verifique a borracha de vedação. E se a sua geladeira tem mais de 10 anos, comece a planejar a troca, pois ela começou a perder sua eficiência e começará a custar cada vez mais para funcionar.

Televisão: A etiquetagem de televisores refere-se ao consumo em modo espera (stand by). Um televisor ligado na tomada, em modo espera, pode gastar até R$ 2 por mês. Se somarmos todos os aparelhos de TV da casa, além do forno de micro-ondas e outros que ficam ligados direto na tomada e que possuem lâmpada em modo de espera (stand-by), a conta de energia pode aumentar bastante (cada aparelho gasta no mínimo R$ 1). Portanto, desligue seus aparelhos da tomada quando não for usar.

Chuveiro  elétrico: Esta etiquetagem é diferente pois, ao invés da eficiência energética, o Inmetro classifica a potência do aparelho. Ou seja, produtos menos potentes, que gastam menos energia elétrica, mas aquecem menos a água, são classificados nas faixas superiores da etiqueta (A, B, C). Já as mais potentes, que gastam mais energia e aquecem mais água, ficam nas classificações inferiores.

A diferença de um chuveiro B (menos potente disponível hoje no mercado) para um G (mais potente) é de aproximadamente R$ 9 por pessoa por mês, em média, em um banho de cinco a oito minutos. Em uma família de quatro pessoas, temos uma economia mensal de R$ 36, ou R$ 432 por ano.

Se você mora em uma região quente do país, um chuveiro A ou B ou C é suficiente para aquecer a água a uma temperatura confortável (lembrando que conforto é um conceito muito pessoal). Se você mora em uma região mais fria, chuveiros E, F e G, em tese, seriam mais adequados. Banhos não devem durar mais que oito minutos. Mais que isso, é desperdício de água e energia, que pesam no bolso.
Produto


Em um ano, a opção pelo mais eficiente, comparando com o menos eficiente, pode chegar a:

Refrigerador simples de uma porta (tipo mais vendido no Brasil)
R$ 54
Ar condicionado de 9 mil BTUs
R$ 176
Ventilador de mesa (3)
R$ 80
Troca de lâmpadas incandescentes 60w por fluorescentes compactas equivalentes, de 15w, em uma residência de 2 quartos
R$ 310, já incluindo o valor a ser gasto com as novas lâmpadas. Nos anos seguintes, a economia será de aproximadamente R$ 414.
Chuveiro
R$ 432

segunda-feira, outubro 20, 2014 por Unknown

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