Índice de
Confiança da Construção (ICST) do Brasil divulgado nesta quarta-feira subiu 1,4
ponto em abril e foi a 76,5 pontos
A melhora da percepção sobre a situação atual
em abril impulsionou a confiança da construção do
Brasil para o nível mais alto em dois anos, segundo a Fundação Getulio Vargas
(FGV).
O Índice de Confiança da Construção (ICST) do
Brasil divulgado nesta quarta-feira subiu 1,4 ponto em abril e foi a 76,5
pontos, melhor leitura desde os 77,2 pontos vistos em abril de 2015.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST) teve
alta de 2,9 pontos, alcançando 65,7 pontos, o maior patamar desde dezembro de
2015, com destaque para a melhora da percepção em relação à carteira de
contratos.
A alta do ISA compensou a leve queda do
Índice de Expectativas (IE-CST) de 0,2 ponto, atingindo 87,6 pontos,
pressionado pelo indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos
seis meses seguintes.
A coordenadora de projetos da construção da
FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, destacou que esse resultado representa uma mudança
no setor em relação ao cenário visto nos últimos meses.
“A mudança detectada pela sondagem é
significativa: finalmente a percepção empresarial em relação à situação
corrente dos negócios melhora um pouco, seguindo a tendência das expectativas
nos meses anteriores. Mas a distância entre os dois indicadores permanece muito
elevada e o ISA continua em nível crítico”, diz
Em um segundo relatório, a FGV informou ainda
que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) recuou 0,08 por cento em
abril, sobre 0,36 por cento em março.
ÍNDICE NACIONAL DE CUSTO DA CONSTRUÇÃO
O Índice Nacional de Custo da Construção caiu -0,08% em abril, resultado abaixo do registrado em março ( 0,36%). Os dados foram divulgados hoje (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. No acumulado de 12 meses, o índice subiu 5,34%.
Na pesquisa feita em todo o país, seis capitais apresentaram desaceleração em suas taxas: Brasília (de 0,07 para -0,15), Belo Horizonte (2,36 para -0,12), Recife (0,04 para 0,03), Rio de Janeiro (0,08 para -0,04), Porto Alegre (0,06 para zero) e São Paulo (0,18 para -0,16). Em contrapartida, Salvador (0,02 para 0,22) teve aceleração. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços acusou queda de -0,18% em abril. Em março, a taxa havia sido de 0,26%.
Houve queda nos materiais e equipamentos, cujo índice variou -0,21%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,24%. Dos quatro subgrupos componentes, três apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de -0,08% para -0,67%.
A parcela relativa a serviços passou de uma taxa de 0,32% em março para -0,07%, em abril. Neste grupo, houve desaceleração de taxas de serviços e licenciamentos, que passaram de 1,19% para 0,16%. O índice da mão de obra não teve variação. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,45%.
Fonte: Reuters/Exame.com