segunda-feira, setembro 19, 2016

Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (PE) e o Conselho Municipal do Meio Ambiente, a Associação Habitat para a Humanidade Brasil realizou experiências com várias soluções construtivas sustentáveis que podem ser replicadas para promover as melhorias habitacionais. Dessa iniciativa nasceu um catálogo com o objetivo de disseminar práticas para a redução do consumo de energia elétrica, a melhor utilização da água e a redução do calor. Confira:

ECONOMIA DE ENERGIA

Telhas Translúcidas
Vantagens: permite a entrada da luz natural no ambiente, diminuindo o gasto de energia. Além disso, evita a proliferação de morcegos e fungos na madeira do telhado.

Como usar: em meio às outras telhas da cobertura. Elas devem ser usadas como uma ilha de claridade. Mas é preciso tomar cuidado com a quantidade. Como as telhas translúcidas permitem a passagem direta do sol, o ambiente pode ficar mais quente quando são instaladas telhas em excesso.

Lâmpadas Fluorescentes ou de LED
Vantagens: as lâmpadas fluorescentes gastam bem menos energia e duram muito mais que uma lâmpada incandescente. Além disso, as lâmpadas fluorescentes não emitem calor, o que torna o ambiente mais agradável.

Como usar: é só trocar as lâmpadas da sua casa por lâmpadas fluorescentes, que podem ser adquiridas em lojas de construção, supermercados e armazéns. Apesar do preço de compra ser maior, vale a pena investir já que a economia é garantida em longo prazo.

ECONOMIA DE ÁGUA

Arejadores
Vantagens: os arejadores diminuem a quantidade de água liberada por minuto sem alterar a pressão da água. Ou seja, temos a impressão que o fluxo de água não mudou. Assim podemos economizar água sem nem perceber!

Como usar:
os arejadores são instalados nas torneiras e você mesmo pode fazer. Basta rosquear os arejadores nos bicos das torneiras e pronto. Mas atenção, os produtos devem ser da mesma marca ou serem compatíveis. Arejadores podem ser encontrados em lojas de materiais de construção ou lojas de louças sanitárias.

Captação de Água de Chuva
 Vantagens: em áreas onde há falta d'água, a água de chuva armazenada complementa o uso para tarefas diárias. Além disso, a captação da água de chuva reduz os alagamentos e infiltrações em época de chuva.

Como usar:
é necessária instalação de uma calha no telhado que serve para direcionar a água para o tubo de queda. A água é encaminhada para uma pequena caixa d'água. Dentro do tubo de queda é preciso ter um filtro para água da chuva para reter sujeiras grossas, como folhas e pedras. Mas atenção, a água de chuva não é potável.

REDUÇÃO DE CALOR
Cobogás
Vantagens: os cobogós garantem ventilação permanente e aumentam a luminosidade no ambiente. Assim, os cobogós ajudam a evitar mofo e umidade, além de diminuir a temperatura da casa.

Como usar:
os cobogós devem ser instalados nas paredes e podem ser feitos de cimento, cerâmica, vidro ou argila.

Muro Verde
Vantagens: o muro verde funciona tanto para segurança da família quanto para aumentar a vegetação na casa e diminuir o calor no local.

Como usar: fazer um muro verde engloba diversos fatores, como escolher plantas de acordo com o clima, saber as técnicas de manutenção envolvidas e qual tipo de planta é a mais adequada. O muro pode ser construído de tijolos, deixando-se espaços para ventilação.  Após a construção do muro, são plantadas trepadeiras e outras plantas. As trepadeiras aumentam o conforto térmico do quintal e eliminam os espaços destinados ao vandalismo das pichações em muros. A hera (Hedera helix) e a unha-de-gato (Ficus pumila) são mais comuns por serem mais resistentes.

Telhado Verde
Vantagens: o telhado verde reduz a temperatura local. As plantas agem como agentes de resfriamento porque dispersam o calor. Além disso, ajuda na drenagem da água de chuva; e no isolamento acústico.

Como usar: antes de plantar no telhado, é preciso fazer a impermeabilização da laje com produtos específicos. Depois se coloca uma manta impermeabilizante, a terra preparada e a vegetação. É preciso tomar cuidado com o tipo de plantas usadas para não sobrecarregar o peso na laje.

Telhado Branco
Vantagens: o telhado branco diminui o calor emitido dentro da casa em até 30%.

Como usar: a técnica deve ser usada principalmente em cobertas de fibrocimento, que são mais quentes. Utilize uma tinta à base de cal, na cor branca, para pintar o telhado na íntegra.


Fonte: Melhorias Construtivas Sustentáveis, publicação desenvolvida e divulgada pela Associação Habitat para a Humanidade Brasil.


segunda-feira, setembro 19, 2016 por Unknown

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quinta-feira, setembro 15, 2016

As emissões de gases de efeito estufa provenientes do setor de resíduos sólidos continuam sua trajetória de crescimento no Brasil e atingiram, em 2014, seu maior número absoluto nos últimos 44 anos, segundo as estimativas divulgadas pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), no início desta semana. Foram lançadas 68,3 milhões de toneladas de CO2equivalente na atmosfera naquele ano, o que representa um crescimento de 80% entre 2000 e 2014 e de 500% desde 1970.
Enquanto o setor de resíduos representa a menor parcela de contribuição de emissões com relação aos demais setores (mudança de uso da terra, energia, agropecuária e processos industriais), cerca de 3,7% do total verificado em 2014, ele possui grande impacto na atmosfera devido à geração de gases com maior potencial de aquecimento global, como o metano (CH4), 21 vezes mais potente que o CO2, e o óxido nitroso (N2O), 310 vezes mais potente.
Dentre os quatro principais subsetores – disposição de resíduos, tratamento de efluentes industriais, tratamento de efluentes domésticos e incineração de resíduos -, o descarte ainda é o mais expressivo em termos de emissões, representando 66,1% em média da origem das emissões nos últimos 44 anos.
Com o crescimento do número de municípios que se adequam à Política Nacional de Resíduos Sólidos, verificou-se o aumento das emissões, uma vez que o descarte exigido em aterros sanitários propicia maior geração de metano (decomposição anaeróbica da matéria orgânica). “É importante ressaltar que a quantidade de resíduos gerada no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, tanto em termos absolutos quanto na produção per capita”, afirmou Igor Reis de Albuquerque, gerente de Mudanças Climáticas do ICLEI- Governos locais pela sustentabilidade e coordenador do setor no SEEG.
Acompanhado do crescimento na produção dos resíduos, o seu reaproveitamento ainda é extremamente baixo e o descarte não ocorre de forma ambientalmente adequada. De acordo com dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) de 2014, destacados no Relatório Analítico do Setor de Resíduos do SEEG, 58,4% dos resíduos sólidos urbanos coletados tiveram destinação adequada (Aterros Sanitários). Os outros 41,6%, equivalentes a 81 mil toneladas diárias, ainda são destinados para aterros controlados e lixões. Esse conjunto de fatores pode estar associado ao impacto crescente as emissões de GEE no setor de resíduos, além do crescimento demográfico e da atividade industrial, explicou Albuquerque.
Uma das alternativas para a redução das emissões seria o aproveitamento dos gás metano para geração de energia. “Aterros sanitários, sendo obras planejadas, podem conter sistemas de captação de metano para aproveitamento energético ou para conversão do mesmo em dióxido de carbono por meio de flare [queima], podendo assim reduzir o impacto na atmosfera”, explicou Igor de Albuquerque.
Tanto com relação ao tratamento dos efluentes domésticos quanto o de efluentes industriais, as emissões apresentaram tendências de contínuo crescimento nas últimas décadas. Para o subsetor industrial, identificou-se um avanço mais acelerado após 1996, com picos de emissões em dois períodos de intensificação da urbanização e maior desenvolvimento industrial (1994-1998 e 2007-2010), segundo informações do SEEG.
Análise global dos dados
As emissões de gases de efeito estufa do Brasil em 2014 permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, apesar da queda de 18% na taxa de desmatamento da Amazônia. Segundo os dados do SEEG 2015, o Brasil emitiu 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (t CO2e), uma redução de 0,9% em relação ao 1,571 bilhão de toneladas emitidas em 2013 (emissões brutas).
Em sua terceira edição, o Relatório Síntese do SEEG apresenta as estimativas para o ano de 2014, bem como a revisão dos dados da série histórica de 1970 a 2014 para os padrões metodológicos do 3º Inventário Nacional de Emissões Antrópicas e Remoções por Sumidouro de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal. Para o setor de  Mudanças de Uso da Terra seguiu-se a metodologia do 2o Inventário.
Publicado no SEEG: http://seeg.eco.br/analise-de-emissoes-de-gee-no-brasil-1970-2014/


quinta-feira, setembro 15, 2016 por Unknown

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terça-feira, agosto 16, 2016

Banimento de HFCs pode evitar 0,5°C de aquecimento até 2100.
A última rodada de negociações do Protocolo de Montréal contra os gases que causam o buraco na camada de ozônio terminou em Viena com elementos-chave de uma emenda para reduzir a produção e o consumo de hidrofluorocarbonos (HFCs).

O progresso em Viena dá impulso a um acordo final entre as partes numa reunião agendada para outubro em Kigali, Ruanda.Os países estão agora mais perto do que nunca de um avanço histórico que pode reduzir muito os riscos da mudança climática.
Os HFCs são potentes gases de efeito estufa cujo uso em refrigeração e em aparelhos de ar condicionado vem se expandindo dramaticamente, já que eles não causam dano à camada de ozônio, ao contrário dos CFCs (clorofluorcarbonos). Os HFCs são um alvo crítico dos esforços internacionais para atingir a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura do planeta bem abaixo de 2°C.
Uma emenda ambiciosa ao Protocolo de Montréal sobre os HFCs poderia reduzir as temperaturas da Terra em cerca de 0,5°C em 2100 em comparação com o crescimento tendencial.
Dois temas-chave foram foco nas negociações em Viena: a chamada linha de base (o nível de HFCs no qual as medidas de controle são baseadas) e o calendário para limitar as emissões de HFCs e as diretrizes para prover apoio financeiro aos países em desenvolvimento para que eles possam cumprir suas obrigações de redução.
Embora ainda haja trabalho a fazer até o encontro em outubro, Viena obteve progresso em ambas as frentes.
A proposta para os países desenvolvidos consistia em estabelecer uma linha de base em 2011-2013, com uma redução de 10% até 2019. A maioria desses países já havia começado a limitar os HFCs por meio de regulações domésticas.
Para os países em desenvolvimento, onde o uso de HFCs está acelerando somente agora, diversas propostas foram colocadas na mesa.
Um grande número de países (o grupo africano, as nações insulares do Pacífico, vários latino-americanos, os EUA, o Japão, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e a União Europeia) apoiou uma linha de base em 2017-2019 com um congelamento no nível de emissões em 2021. A Índia, a China e países árabes ofereceram propostas menos ambiciosas.
A proposta indiana permitiria o maior tempo de uso irrestrito, com uma linha de base em 2028-2030 e um congelamento dos níveis de emissão em 2031.
Na questão do financiamento, houve amplo acordo sobre usar o Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal como instituição administradora do apoio financeiro aos países em desenvolvimento. Segundo o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que participou do encontro, 75% dos doadores já anunciaram publicamente sua intenção de prover verbas adicionais para implementar uma emenda ao Protocolo de Montreal.


terça-feira, agosto 16, 2016 por Unknown

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quarta-feira, agosto 03, 2016

A Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo 2016, que acontecerá de 9 a 11/8, vai apresentar pela primeira vez um Espaço Casa Conceito de 60m² projetado sob os critérios de sustentabilidade para edificações residenciais. O espaço expõe uma série de soluções originais e avançadas de materiais e produtos sustentáveis relacionadas às categorias abordadas pelas certificações LEED e Referencial GBC Brasil Casa.
Os visitantes poderão conhecer soluções como o uso de madeira com certificação FSC, com painéis informativos que orientam sobre a escolha e as melhores aplicações desse tipo material, além de películas de proteção para janelas e equipamentos de refrigeração de alta tecnologia, que resfriam o ambiente e, ao mesmo tempo, economizam energia.
Também serão expostos alguns produtos presentes no dia a dia, e que são de instalação simples, como torneiras com restrição de vazão, descargas inteligentes e chuveiros com regulagem de pressão, demonstrados em peça fixados no interior da Casa Conceito.
"O espaço foi concebido não só para demonstrar o conteúdo do Referencial Casa e de uma certificação, mas também para orientar sobre a implantação da sustentabilidade em uma construção residencial e aproximar o público de tais conceitos”, comenta Maria Carolina Fujihara, arquiteta e coordenadora técnica do Green Building Council Brasil, organização não governamental responsável pelo evento.

A Casa Conceito teve seu projeto desenvolvido pela RVA Arquitetura e a consultoria ambiental da Ca2 Consultores Ambientais Associados, empresa especializada em consultoria em sustentabilidade, eficiência energética e conforto ambiental de edificações. Durante seis meses, os profissionais discutiram a viabilidade técnica e econômica de residências sustentáveis para encontrar um exemplo que pudesse ser exposto na feira. “O objetivo era responder se residências sustentáveis são possíveis e, alinhando a nossa experiência em projetos de baixo impacto ambiental com as diretrizes sustentáveis do Referencial Casa GBC Brasil, concluímos que sim desde que sejam consideradas as questões ambientais no início do projeto, contando também com uma equipe multidisciplinar e respeitando o clima e localização da residência”, afirma Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 Consultores Ambientais Associados.
Também será apresentado, no evento, um projeto modelo para casa sustentável. Chamado de Modulabi: Habitação Modular de Baixo Impacto Ambiental, a concepção arquitetônica e seus sistemas foram simulados em computador de forma a informar ao público quantitativamente os benefícios energéticos dos conceitos da arquitetura bioclimática na habitação sustentável. O modelo foi produzido para a cidade de São Paulo levando em conta suas características climáticas, com o uso de tecnologias sustentáveis para geração de energia, economia de água, materiais de baixo impacto ambiental e humano e melhoria nas condições de conforto ambiental interno. Marcelo Nudel vai apresentar esse e outros projetos em uma das sessões educacionais do evento
No Brasil, o Referencial GBC Brasil Casa já recebeu 33 pedidos de certificação dentre os quais 3 já foram emitidos. Destes, a casa Catuçaba, do Stúdio MK27, teve a certificação nível máximo no país, a primeira com o selo Platina do Referencial. A construção concilia bem estar, conforto e beleza com uma proposta radical de autossuficiência.
A casa produz, por meio de painéis fotovoltaicos e uma pequena turbina eólica, toda a energia que consome. Essa é armazenada em uma bateria, pois a residência não está conectada a nenhuma rede de distribuição elétrica. Ela também utiliza, consome e trata toda a água em seu próprio projeto. Lair Reis, um dos coautores da obra, palestrará sobre essa e outras iniciativas do escritório durante as Sessões Técnicas da Greenbuilding Brasil 2016.
A construção da Casa Conceito teve parceria de empresas como Trane, com produtos de distribuição de ar, Deca, com torneiras e válvulas inteligentes, parafusos para piso Rothoblaas, aquecimento de piso Danfoss, películas para janela Eastman e painéis em madeira e MDF Berneck. Também participaram do projeto, como consultores das aplicações e construção, a WWF Brasil e a arquiteta especialista em biomimética Alessandra Araújo.
A conferência possuirá palestras sobre diversos temas que giram em torno da construção sustentável. Nela, empresas apresentarão suas soluções para construções verdes, haverá o lançamento de produtos e serviços durante o evento. As palestras e sessões educacionais que ocorrem durante o evento serão de altíssimo nível técnico, com renomados profissionais nacionais e internacionais. Além disso, a conferência oferecerá a seus visitantes, congressistas, expositores e parceiros uma gama de serviços, produtos e networking para futuros negócios. Para saber mais sobre as palestras que acontecerão no evento, clique aqui.

Fonte: equipe eCycle 

quarta-feira, agosto 03, 2016 por Unknown

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quarta-feira, junho 29, 2016


Mudança climática contribui para o problema; secretário-geral da ONU alerta que 12 milhões de hectares de terras são perdidos por ano; 17 de junho é Dia Mundial de Combate à Desertificação

O Dia Mundial de Combate à Desertificação ocorre anualmente em 17 de junho. As Nações Unidas aproveitaram a ocasião para lembrar sobre a conexão entre "desertificação, degradação de terra, seca e mudança climática".
A gravidade e a frequência das secas estão aumentando, assim como as enchentes e as temperaturas extremas. Segundo o secretário-geral da ONU, mais de 50% das terras agrícolas estão danificadas de forma moderada ou severa.

Impactos
Ban Ki-moon destaca que, por ano, são perdidos 12 milhões de hectares que são apropriados para a produção de alimentos. Com isso, o bem-estar e o sustento de centenas de milhões de pessoas estão sob risco.
A ONU calcula que a degradação de terras afete 1,5 bilhão de pessoas, incluindo 74% dos pobres do mundo que sofrem impactos diretos da degradação de terra.

Desnutrição
O chefe da ONU lembra que as consequências são sentidas diretamente por quase 800 milhões de pessoas que estão subnutridas.
Pelas projeções da ONU, nos próximos 25 anos, a degradação de terras pode reduzir a produção global de comida em até 12%, levando ao aumento médio global de 30% no preços dos alimentos.
Ban Ki-moon afirma que sem uma solução de longo prazo, a desertificação também vai causar aumento dos fluxos migratórios e prejudicar a estabilidade de vários países.

ODS
Segundo o secretário-geral, foi exatamente por isso que os líderes mundiais colocaram o fim da degradação de terras como uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Isso significa reabilitar pelo menos 12 milhões de hectares de terra por ano.

Uma sugestão de Ban Ki-moon é investir na agricultura "amiga" do clima. Segundo ele, a abordagem pode ajudar comunidades a se protegerem da mudança climática, uma vez que o carbono será pego da atmosfera e colocado de volta ao solo.

O secretário-geral prevê que a transição para a agricultura sustentável possa aliviar a pobreza e gerar empregos, especialmente para os mais pobres. Até 2050, cerca de 200 milhões de empregos poderão ser criados na cadeia de produção de alimentos.

Neste ano, o Dia Mundial de Combate à Desertificação teve o tema: "Proteja o planeta. Restaure a terra. Envolva pessoas." O secretário-geral da ONU faz um apelo por maior cooperação entre todos, para que o fim da degradação de terras seja alcançado, como previsto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Rádio ONU


quarta-feira, junho 29, 2016 por Unknown

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segunda-feira, junho 27, 2016

Segundo as Nações Unidas, cerca de um terço de todos os alimentos é perdido ou desperdiçado em todo o mundo, em processos que envolvem desde a produção da comida até o seu consumo, ao mesmo tempo em que 800 milhões de pessoas encontram-se subnutridas

A ONU, em parceria com parceiros internacionais, anunciou, em 7 de junho, o lançamento do primeiro padrão global para medir o problema do desperdício e da perda de alimentos no mundo. A prática gera, anualmente, um custo global de 940 bilhões de dólares.

padrão consiste em um conjunto abrangente de definições e requisitos de comunicação para que empresas, países e outros consigam medir, relatar e gerenciar de forma consistente e confiável a perda e o desperdício de alimentos.
De acordo com o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, “esse novo padrão de medição não só irá nos ajudar a entender o quanto a comida não é o que chega a nossa boca, como também vai nos ajudar a definir uma linha de base para a ação contra o problema”.

Segundo a ONU, cerca de um terço de todos os alimentos é perdido ou desperdiçado em todo o mundo no caminho que vai desde a produção da comida até o seu consumo, ao mesmo tempo em que 800 milhões de pessoas encontram-se subnutridas.

Além disso, o desperdício é responsável por 8% das emissões de gases que causam o efeito estufa. De acordo com as estimativas da organização, se esses dados representassem um país, a nação estaria entre os três maiores poluidores, atrás somente da China e dos Estados Unidos.

Parabenizando o novo padrão, Achim Steiner pediu que todos os países e empresas comecem a usá-lo para medir e relatar a perda e o desperdício de alimentos, e em paralelo tomem medidas concretas para cumprir a terceira meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 12, que se trata de reduzir para metade o desperdício alimentar até 2030.

Para Andrew Steer, presidente e CEO da World Resources Institute, “esse padrão é um verdadeiro avanço”.
“Pela primeira vez, através do auxílio do padrão, países e empresas serão capazes de quantificar os alimentos que são perdidos e ou desperdiçados, onde esse desperdício ocorre, bem como relatar o problema de maneira altamente consistente.”

“Agora, temos uma nova ferramenta poderosa que ajudará governos e empresas a economizar dinheiro, proteger os recursos e garantir que mais pessoas consigam o alimento que necessitam”, acrescentou.
O Pnuma destacou ainda que o impulso internacional para conter a perda de alimentos está crescendo com o compromisso de governos e empresas.
No entanto, muitos ainda não sabem quanta comida é perdida ou desperdiçada ou onde isso ocorre dentro de suas fronteiras, de suas operações ou cadeias de fornecimento. Além disso, a definição de perda e desperdício de alimentos varia muito, e sem uma contagem consistente e uma estrutura de informação, é difícil a comparação dos dados e o desenvolvimento de estratégias eficazes.

O novo padrão também irá ajudar a reduzir a perda de comida e o desperdício dentro do setor privado. Em 2015, o Fórum de Bons Consumidores, que representa mais de 400 dos maiores varejistas do mundo e fabricantes de 70 países, aprovou uma resolução para que seus membros reduzam o desperdício de alimentos em suas operações em 50 % até 2025, usando o padrão de medição.

Fonte: ONUBr



segunda-feira, junho 27, 2016 por Unknown

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quarta-feira, junho 08, 2016


O Prêmio ÉPOCA Empresa Verde premiará iniciativas ambientais que contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Todos os anos o Prêmio ÉPOCA Empresa Verde inclui uma categoria especial. Nesta edição, a nova categoria foi desenvolvida com base nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os ODS foram adotados oficialmente pelos 193 países-membros das Nações Unidas em setembro do ano passado e fazem parte da nova agenda de desenvolvimento sustentável da ONU que prevê uma série de metas a ser cumpridas até 2030. As metas envolvem ações em várias dimensões, como equidade, educação e equilíbrio social. Como uma sociedade saudável exige bases naturais bem preservadas, decidimos criar uma categoria que aponte esse caminho. 

O Prêmio ÉPOCA Empresa Verde é focado exclusivamente em boas práticas ambientais. Por isso, apesar de os ODS estarem ligados à sustentabilidade como um todo, o  vencedor dessa categoria será a empresa que tiver a iniciativa ambiental que mais impactar positivamente outros ODS. “Essa nova categoria pretende mostrar para as empresas quanto as coisas são sistêmicas”, diz Carlos Rossim, diretor da área de sustentabilidade da PricewaterhouseCoopers (PWC), parceira de ÉPOCA na premiação. “Uma ação ambiental causa impacto na saúde, na educação e na economia.”

A participação das empresas para atingir os ODS é fundamental. “As empresas possuem um canal de comunicação privilegiado com seus fornecedores e consumidores”, diz Beatriz Carneiro, secretária executiva da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. “E por isso elas têm um potencial transformador enorme.” 

São várias as formas que uma companhia tem de conseguir atingir os ODS. Segundo Beatriz, o melhor jeito de começar é fazendo um levantamento. “As empresas precisam definir no que elas já impactam os ODS e como elas são impactadas pelo não cumprimento deles”, afirma. Uma empresa que investe na despoluição de um rio, por exemplo, já está causando um imapcto no ODS 6. Porém, se essa mesma empresa tem problemas com o fornecimento de energia, ela está sendo impactada pelo item 7 dos ODS. “O levantamento é o primeiro passo para criar estratégias de como manter e melhorar o que já está sendo feito e do que precisa de investimento.”

A seguir, entenda cada um dos 17 Objetivos:
1 – Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
2 – Fome zero e agricultura sustentável: acabar com a fome, promover a melhoria da nutrição e a agricultura sustentável.
3 – Saúde e bem-estar: promover a melhoria das condições de saúde para toda a população.
4 – Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
5 – Igualdade de gênero: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
6 – Água potável e saneamento: assegurar a disponibilidade e gestão da água e saneamento para todos.
7 – Energia limpa e acessível: acesso confiável, moderno e a preço justo à energia.
8 – Trabalho descente e crescimento econômico: promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos.
9 – Indústria, inovação e infraestrutura: construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
10 – Redução de desigualdades: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros e sustentáveis.
12 – Consumo e produção responsável: assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
13 – Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos.
14 – Vida na água: conservar e usar sustentavelmente os oceanos, mares e os recursos marinhos.
15 -  Vida terrestre: proteger, recuperar e promover o uso consciente dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda da biodiversidade.
16 – Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes e responsáveis em todos os níveis.
17 – Parcerias e meios de implementação: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
As inscrições para o Prêmio ÉPOCA Empresa Verde já estão abertas. Fizemos uma lista de perguntas e respostas para esclarecer as dúvidas mais comuns.

Fonte: Natália Spinacé


quarta-feira, junho 08, 2016 por Unknown

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